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INVESTIMENTOS PÚBLICOS E PRIVADOS (I)

            Enquanto os Estados circunvizinhos do Piauí recebem, há várias décadas, fortes investimentos públicos e privados, os empreendedores não implantam os seus projetos industriais neste Estado, preferindo Pernambuco, Bahia, Ceará, Maranhão e até o Tocantins, embora um uma unidade federativa recém criada.

Evidente que os governadores piauienses não construíram a infraestrutura imprescindível à construção de grandes empresas e nem sequer  na época vigorosa da SUDENE. Os Chefes dos Executivos não prepararam essas condições, preferindo ficar criticando a Autarquia Regional e ao Governo Federal, alegando que dirigiam os investidores para os Estados acima mencionados. Critica, entretanto, sem razão e lógica; e seguramente improcedente. Pois, as empresas que se instalaram naqueles Estados é porque os governadores foram inflexíveis, combativos e atuantes na defesa dos seus territórios; Estados com áreas de desenvolvimento, com a infraestrutura adequada.  O Piauí, porém, descuidara-se da construção das estradas, da energia elétrica, do saneamento básico, da comunicação e da educação, etc, com base no treinamento e na capacitação dos recursos humanos necessários à mão-de-obra das indústrias. Sem a defesa árdua dos empreendedores pelo governador e o oferecimento de algumas vantagens, nenhum investidor aportará no Piauí.  Lembro-me, perfeitamente, da vibrante atuação dos governadores Antônio Carlos Magalhães (BA), Tasso Jereissati (CE), José Sarney (MA) e João Agripino (RN) deblaterando no Conselho Deliberativo da SUDENE para conseguir a aprovação de projetos para os seus Estados. Os governadores piauienses, todavia, sempre tímidos, contemplativos e mudos. Não reagiram. Justamente devido a esse comportamento, o Piauí perdeu os tempos áureos da SUDENE e as oportunidades oferecidas e não carrearam bons investimentos para o seu território.             Mas, “Como tudo tem o seu tempo debaixo do reino dos céus” segundo Eclesiastes, parece que a vez do Piauí está chegando; certamente, agora, pela exclusão dos outros Estados e porque o  Estado está construindo a estrutura física e social para propiciar a recepção e irromper o atraso, com a implantação de grandes projetos industrias públicos e privados.
            A construção da Ferrovia Transnordestina é a principal obra federal, Bom Jesus, enquanto os projetos industriais privados começam a se instalar em Guadalupe, Uruçui, São João do Piauí e Teresina, cujo detalhamento será feito no próximo artigo, quarta-feira, 03/10/2012.