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LEGALIZAÇÃO DA MACONHA NOS ESTADOS UNIDOS

*Magno Pires

 

No Distrito de Columbia e em vinte dos cinqüenta Estados Americanos a produção, a venda e o consumo da droga são permitidos. E mais quinze estudam sua liberalização.

 

“Nos anos 90, a Califórnia se tornou o primeiro Estado americano a autorizar o uso da droga para fins terapêuticos, no que foi imitado por outras vinte unidades da federação, entre elas os hoje pioneiros do uso recreativo, Washington e Colorado, conforme relato de Veja (13/11/2013, p.123).”

 

As principais substancias da Cannabis são o THC, o tetra-hidrocanabinol, que dá o “barato”da droga, e o CBD, o canabidiol. Esse último é o princípio ativo que tem poder sedativo, alivia a dor crônica, corta a sensação de náusea e atua como antiflamatório.

 

Entretanto, além desse dado virtuoso da maconha, há o outro lado trágico em que a Cannabis é intensamente prejudicial à saúde humana porque o seu uso, aumenta em 3,5 vezes a probabilidade de esquizofrenia, em 2 vezes a incidência de depressão, em 5 vezes os transtornos de ansiedade e em 4,2 vezes a fobia social, com a redução de capacidade de concentração em 40% dos usuários, a memória de curta prazo em 60% dos usuários e a inteligência em 8 pontos de QI.

 

E afeta ainda o resto do corpo: eleva em 2,5 vezes e risco de câncer de boca ou de garganta; 8% a probabilidade de câncer de pulmão; em 5 vezes o risco de ataque cardíaco na primeira hora após o uso; em 2 vezes a probabilidade de câncer de testículos em 4 vezes a incidência de câncer de cérebro em crianças cuja mãe fumou durante a gravidez. Esse o quadro geral das consequencias do uso da droga.

 

Duzentos milhões de pessoas consomem a maconha no planeta. Esses usuários são equivalentes à população do Brasil. Todos os países tendem a liberar o consumo da droga. Justamente, na suposta percepção de que os crimes diminuam, como uma das ações de combate ao tráfico de droga.

 

Nos Estados Unidos onde a Cannabis é consumida oficialmente desde 1990, porém, intensificada com a liberação nesses 20 Estados e no Distrito de Columbia, mas, ainda assim, o consumo é controlado por lei federal que, inobstante a liberação em vários Estados Federados, a autoridade federal permanece como fiscalizadora do produto, podendo, inclusive apreendê-lo.

 

No Brasil, a droga tem largo consumo mesmo levando-se em consideração que tanto a União quanto os estados-membros não aceitam sua liberação, sendo combatida fortemente. Os traficantes, porém, continuam comandando os seus crimes e vendendo a Cannabis na porta de colégios, em logradouros públicos..., e distribuindo na elite. Dificilmente um traficante deixará o negócio do narcotráfico, pois, na negociação da droga ilícita, obtêm “remuneração”muito alta, impossível de ser substituída por outro tão rentável quanto a comercialização da maconha.

 

O paupérrimo Uruguai quer legalizar a produção e a venda da maconha ainda neste ano, mas para quê, mesmo? Se lá o mate e a Cannabis são consumidos abertamente. Essas ervas são as prediletas dos uruguaios. Dificilmente todos os países, com má distribuição de renda, não aderem ao consumo de maconha.

 

 

 

Magno Pires é ex-Secretário de Administração do Estado do Piauí e Membro da Academia Piauiense de Letras – APL.

 

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