MAIS DESMATAMENTO?
A Floresta Amazônica regula o regime de chuva para todo o Brasil. E para muitas outras regiões do planeta ; notadamente para a América Latina e Caribe pelas circunstancias geográficas vizinhas e seu entorno . Mas, poderá afetar o mundo provocando escassez de chuvas no inverno em inúmeras nações quando desmatada indiscriminadamente como acontece presentemente; embora os sucessivos governos insistam em afirmar que todas as ações para executar desmate são autorizadas e regulamentadas pelo governo e obedecem critérios elaborados pelos órgãos fiscalizadores, especialmente o IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente. Entretanto, entre a versão e a realidade, há uma distancia enorme. A ação das empresas desmatadoras persista impiedosamente, derrubando centenas de milhares de quilômetros quadrados de mata virgem, para o criatório de gado, plantar grãos e eucaliptos, para fazer carvão para alimentar as dezenas de fornos siderúrgicos , notoriamente no Norte e Centro-Oeste do Brasil.
As florestas, com a sua colossal cobertura verde, retém 60% das águas das chuvas e regulam, com essa retenção, o regime produtivo dos riachos de minação , dos olhos d’aguas, dos lagos, dos rios e riachos, sendo responsáveis, portanto, pelo perenização dos cursos d’água, os quais alimentam as plantas. É tudo isso que está sendo extinto pela ação de empresários irresponsáveis da agropecuária e do reflorestamento, que só têm compromisso com o lucro fácil originário de suas atividades, embora destruam a natureza, com empréstimos concedidos apelos bancos oficiais, conseqüentemente com o apoio do governo. O país produz o suficiente para alimentar sua população e exportar milhões de toneladas de grãos e carne, por isso não precisa desmatar mais florestas.
O excesso e a escassez de chuvas em algumas áreas do Centro Sul e do Nordeste, respectivamente, é conseqüência dos brutais desmatamentos executados em nossa Floresta Amazônica. É uma ação continuada e permanente dos empresários . Embora o governo nega o fenômeno, com números divulgados na imprensa, para enganar o povo.
Nove Estados nordestinos, com 1448 municípios e o equivalente a 1,3 milhão km2, estão sob a inclemência de uma seca terrível e sofrem degradação ambiental. Muitos já com áreas com formação pré-deserticas devido à ação humana. Os municípios de Gilbues (PI), Seridó e Cabrobó (PE) e Iraúçuba (MG) possuem 21 mil km 2 de deserto. E um açude em Moxotó (PE), com 504 milhões de metros cúbicos d’água, com projeto de irrigação, está abandonado. As terras nas suas margens não produzem mais nada numa ação provocada pela salinização das águas.
Os homens , notadamente os políticos, não obedecem os ensinamentos da natureza. Sofram, pois , as suas irrecuperáveis conseqüências, ao desmatar impiedosamente a Floresta Amazônica, que nasci ouvindo as pessoas dizer ser o pulmão do mundo . Isso permanece vivo na minha memória.
Magno Pires