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MAIS GOVERNADORES E SENADORES DESCENDENTES DOS PIRES LAGES

            Gervásio Pires Ferreira, nasceu em 26.6.1765 na freguesia de São Frei Pedro Gonçalves no Recife e faleceu em 9.3.1836 na freguesia da Boa Vista no Recife, em sua residência na rua dos Pires, hoje rua Gervásio Pires. Grande comerciante em Pernambuco. Tornou-se também um grande capitalista. Proprietário do navio “Espada de Ferro”. E o primeiro a fazer navegação e comércio diretamente entre Recife e Calcutá, levando e trazendo mercadorias. Como industrial instala também fábrica de tecido na Colônia. Deixou enorme fortuna, inúmeras propriedades, bens, e muitos escravos. Participou do movimento republicano liberal de 6 de março de 1817, denominado “Revolução Pernambucana de 1817, prenuncio do Grito de Independência do Brasil de 1822. Tendo sido um dos inspiradores e conspiradores do movimento, com repercussão nas Capitanias da Colônia; tornou-se pelo seu patriotismo, experiência e generosidade, um dos sustentáculos e esteios da revolução que proclamava a Independência do Brasil. Eleito Conselheiro do Estado e, em seguida, para o importante cargo de Presidente do Erário Nacional. Preso em 25 de maio de 1817, e metido em grilhões a bordo do navio Carrasco, seguiu para a Bahia onde foi encarcerado. Ali ficou por quatro anos. Eleita a Primeira Junta do Governo Provisório, Gervásio Pires foi escolhido Presidente, tomando posse na Câmara de Olinda. Foi o primeiro Presidente Constitucional do Brasil,eleito por numerosos votos. Governador de Pernambuco, durante quase um ano (26.10.1821 a 15.9.1822), sem reconhecer a autoridade do Príncipe, D. Pedro, nem a de José Bonifácio. Naqueles dias de angustia e incerteza revela-se grande estadista e republicano. Renunciou ao Governo de Pernambuco em 15 de setembro de 1822. Elegeu-se deputado para as duas primeiras Legislaturas do Império (1823 – 1827). E Senador vitalício do Brasil. Vemo-lo ainda como representante de Pernambuco na Legislatura de 1830 a 1833. (Edgardo Pires Ferreira “A Mística do Parentesco”)             José Pires Ferreira, irmão de Gervásio Pires Ferreira, migrou para o Piauí, falecido no povoado Barra do Longá, termo de Buriti dos Lopes. Era comerciante em Pernambuco; ia todos os anos duas ou três vezes do Recife ao Piauí, em sumacas, carregados de mercadorias, inclusive importados (tecidos, sapatos, perfumes, porcelanas, especiarias, atc...), Vendia ao longo da costa do Nordeste, e chegava até à cidade de Parnaíba, grande centro de comércio de carne seca. Casou-se em 1786 no Buriti dos Lopes, antigo município de Parnaíba, com Mariana de Deus Castro Diniz, nascida no sítio (fazenda) de Santa Cruz das Pedras Preguiças, no município de Barreirinhas, Maranhão. Casado, foi residir na antiga residência de João Paulo Diniz, pai de Mariana de Deus e sogro de José Pires.José Pires Ferreira já se encontrava em 1795 na Barra do Longa, ocasião em que ocupava terras herdadas de seu pai, e terras do Bacuri, e ao longo do Rio Parnaíba do lado maranhense. (Contemplando... de autoria de Magno Pires)             Citei esses dois ilustres pernambucanos e Pires Ferreira para poder ressaltar o excelente trabalho “Terra do Gado” do jornalista, advogado, escritor e acadêmico Afonso Ligorio Pires de Carvalho no qual emoldura o entrelaçamento familiar dos Lages com os Castelo Branco, Carvalho e Almeida, Pires Ferreira, Borges, Rego, Rodrigues, Freitas,Santana, Alves, Feitosa, etc... e dos Pires, na pessoa de seu patriarca José Pires Ferreira, também se entrelaçaram aos Carvalho de Almeida, Castelo Branco, Rego Barras, Alves, Ramos, Rodrigues, Fortes, Freitas, Santana, Lages, Veloso, Lopes, Tito, etc. (Cont.)