MUNICÍPIO DE CORRENTE
Corrente também é área de chapadões e/ou cerrados. Distância de Teresina 874 km. Criado pela Resolução provincial 782, de 10 de dezembro de 1872 e instalado em 8 de dezembro de 1873. Desmembrado de Parnaguá. Área territorial de 3.051 km2. População 26.011 habitantes. Limites: Cristalândia, Sebastião Barros, Parnaguá, Riacho Frio, São Gonçalo do Gurgueia e Bahia. Todos com terras prestáveis à agricultura da soja, feijão, milho, mas também ao criatório de gado.
O município de Corrente, cujos terrenos foram divididos em 1754, pelo engenheiro das Cortes Portuguesas José da Silva Balmar que, por ordem do Rei de Portugal, teve como pioneiro de sua fundação o Sr. Caetano Carvalho da Cunha que adquiriu, através de requerimento, a Fazenda Corrente de Cima, com 6.300 braças, onde desenvolveu diversas atividades, atraindo grande número de agregados, assim foi o início da povoação (extraído do livro Municípios – Nossa História, Nossa Gente de Luiz Gonzaga de Souza Milanez, p. 93).
O município de Corrente compete com Parnaguá, por serem os mais expressivos social, político, cultural e economicamente da vasta região dos cerrados do extremo sul do Piauí. Nas atividades de polos industriais, comerciais e de serviços, porém, Corrente sobrepuja Parnaguá por se mais desenvolvida e com os setores econômicos mais dinâmicos. Inclusive por ter quase três vezes a população de Parnaguá. Entretanto, a competição está sendo benéfica às duas entidades municipais porque complementam-se nas necessidades e carências. Uma sede municipal suprirá a outra nas dificuldades rotineiras de cidades distantes de grandes centros populacionais.
O município dispõe de polos das Universidades estadual e federal, assim também tem escolas de nível superior e particular.
O Governo do Estado está presente na cidade com as suas escolas e o município mantém boa rede estadual de ensino, com o ensino fundamental e médio.
Corrente é reconhecida pela excelente educação particular de ensino administrada por entidades religiosas, com tradição de vários anos na cidade.
Dispõe de um grande comércio, de várias pequenas indústrias e um setor de serviços pujante. As atividades negociais são dinâmicas, avançadas e modernas. A movimentação é muito grande.
O município recebe forte influência do Estado da Bahia do qual é vizinho. As suas transações comerciais são dependentes e interligadas, prioritariamente, mais com a Bahia. Estando próxima de Barreiras, Rio Formosa e do município de Luís Eduardo Magalhães, que homenageia com o nome o filho do ex-governador Antônio Carlos Magalhães, que foi deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados, todos grandes centros sociais, políticos, econômicos e culturais.
A sede da cidade dispõe de bom setor nos ramos de hotéis, pousadas e motéis, com várias casas do ramo que atendem muito bem às necessidades e exigências de turistas, viajantes, negociantes e empreendedores.
A Construção Civil é muito forte no município com várias lojas de venda de material da construção civil.
A culinária regional e a do município são destaques na cidade, com vários bares e restaurantes oferecendo variedades de pratos da típica cozinha piauiense, baiana e de outros Estados que empresários “de fora” adicionaram ao cardápio do município.
A sede municipal é servida pela Br 135, que é a principal via de transportes dos bens e serviços produzidos na região.
O agroreflorestamento da indústria de eucaliptos também está no município com vários projetos do setor.
O criatório de gado nelore de excepcional qualidade é a principal atividade econômica do município, com inúmeras fazendas, com grandes rebanhos, cujos animais são comercializados no polo da micro região de Corrente e Parnaguá e exportado para outros Estados do Nordeste e do Sul do Brasil.
Corrente e Parnaguá, bem como os municípios do seu entorno no extremo sul, detém os maiores rebanhos de gado do Estado do Piauí. E também na qualidade. Há boa produção de leite, queijos e doces.
Também se destaca pelo criatório de ovinos em quantidade regular.
A exploração dos Cerrados piauienses teve pouca participação dos nativos do Estado. Estes ficaram adstritos à criação de pequenos rebanhos, lavoura de subsistência e ao comércio, ocupando as regiões baixas dos municípios, enquanto o empreendedor sulista de soja avançou pelos Cerrados, partes altas, plantando grandes áreas rurais com soja, arroz, milho, principalmente, e acercando-se do poder social, político e econômico dos municípios e da região, impondo a sua cultura e modalidades de trato da terra e adquirindo grandes áreas territoriais que empobreciam os nativos.
Por conseguinte, Corrente é um município, quase uma região, com vantagens desenvolvimentistas para qualquer empreendedor construir a sua riqueza e ganhar muito dinheiro.
A região oferece todas as condições imprescindíveis ao crescimento econômico com infraestrutura física e social, embora ainda carente de estradas, comunicação e serviços médicos hospitalares adequados. É um município para bons investimentos.
Magno Pires é Membro da Academia Piauiense de Letras e o Vice-presidente, ex-Secretário da Administração do Piauí, Advogado da União (aposentado), jornalista, administrador de empresas, Portal www.magnopires.com.br, e-mail: [email protected].