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O CIGARRO, AS BEBIDAS E A MACONHA
Além de saciar a fome de milhões (aproximadamente 16 milhões) de brasileiros, os governantes do Brasil, não somente o Federal, mas também os Chefes dos Executivos estaduais e municipais, têm o dever institucional de auxiliá-los na oposição permanente ao consumo de cigarro, das bebidas (também drogas) e da maconha. Esses quarto problemas não devem ser uma questão exclusiva da União Federal. Pois, a sua solução e/ou o combate interessa, especialmente aos agentes públicos e políticos, porque está em jogo toda a sociedade brasileira e jamais alguns de seus segmentos. Os nossos filhos e netos precisam ser protegidos contra esses males e/ou doenças. Ou vícios da sociedade capitalista.
As indústrias do cigarro e das bebidas têm autorização e/ou permissão da União Federal para comercializar seus produtos. E somente maiores de 18 anos podem consumi-los. As indústrias são taxadas com impostos elevados. O próprio Governo, através do Ministério da Saúde, faz propaganda informando que o cigarro e as bebidas causam dependências, doenças e mortes. A União gasta milhões para combater o consumo. Mas, as conseqüências dessas drogas, vitimiza milhões de brasileiros e as despesas comprometidas com prevenção e cura ultrapassam os impostos que são arrecadados, com a sua comercialização legal. Portanto, será que compensa continuar com essa atividade industrial porque emprega alguns milhares de pessoas? Muitos dos próprios empregados são vitimados pelos produtos dessas empresas. E o Governo Federal é quem paga seu tratamento e sua aposentadoria. Os empresários, todos eles, dizem vaidosamente: pago impostos elevadíssimos; o tratamento é problema do governo, portanto. Apenas 180 mil famílias trabalham nas plantações ou nas doações dos fabricantes?
Lobistas afamados e prestigiados, deputados e senadores a serviço da indústria do fumo e das bebidas exercem despudoradamente a defesa da atividade; inclusive propondo rebaixar as alíquotas dos impostos.
Já a maconha e o crack é “beneficiado”, “protegido”, pelo crime organizado com policiais e servidores, porém, notadamente policiais civis, acumpliciados com bandidos e traficantes e sendo beneficiários de drogas. Policiais de quase todas as unidades militares da federação respondem inquéritos, foram presos e condenados porque flagrados e envolvidos com traficantes e o tráfego. É a atividade ilegal mais rentável do planeta. E, por ser proibida a sua comercialização e venda, não paga impostos. Tão devastadora quanto o fumo e a bebida, não contribui em nada ao desenvolvimento do país; causa elevados prejuízos aos cofres públicos; o governo têm dificuldades de se opor porque segmentos da elite nacional são favorecidos com sua comercialização e intenso consumo.
O cigarro, ressalva o dr. Drauzio Varella, “é o mais abjeto dos crimes já cometidos pelo capitalismo internacional. Muito pior que a escravidão – pontua. A escravidão foi cometida contra centenas de milhares de pessoas escravizadas. O cigarro contra mais de 1 bilhão no planeta”. A escravidão foi cometida contra centenas de negros importados da África para o Brasil.
Na história da humanidade, jamais o interesse financeiro de meia dúzia de grupos multinacionais disseminou tantas mortes pelos cinco continentes: 5 milhões por ano, 200 mil dos quais no Brasil – destaca o médico Drauzio varella.