Literatura

O FOQUINHA AINDA ESTÁ NA PRAIA 

O FOQUINHA AINDA ESTÁ NA PRAIA 

O FOQUINHA AINDA ESTÁ NA PRAIA 

Hoje conto como vi um jornalista de carne e osso pela primeira vez na vida.

Foi assim: em 1978, eu estudava na Escola Técnica Federal do Piauí, onde fazia o primeiro ano básico, que me levaria no ano seguinte ao curso de Edificações.

Um dos meus colegas de turma mais próximos era o Eduardo, de Regeneração. Ele era conhecido em sua terra como Seu Dúa.

De vez em quando, eu ia passar o fim de semana com ele em Regeneração, na casa de Seu Eupídio, pai dele. Ele ia comigo também para minha casa em Água Branca.

Depois, pelos afazeres e desencontros da vida, nos distanciamos. Hoje ele é prefeito de sua cidade pela terceira vez. Pelo que soube, está bom e gordo. Benzadeus!

O JORNALISTA

Pois bem! Um domingo, eu estava em Regeneração com o Eduardo, numa conhecida lanchonete do centro da cidade, e lá chegou um cidadão bem parecido, bem vestido, barba bem feita, de óculos escuros e discreto, com modos educados.

Disseram-me que era um jornalista de "O Estado", um jornal de muito prestígio à época. Como já me interessava por jornalismo, fiquei curioso.

Aí soube o nome do jornalista: Belchior Neto, repórter de municípios do jornal. Estava em Regeneração para fazer uma reportagem sobre a cidade.

Vim a saber depois, quando já militava no jornalismo, que o Belchior era cunhado do dono do jornal "O Estado", jornalista e empresário Helder Feitosa.

Ficamos amigos. Gente fina. Alguns anos depois ele abandonou o jornalismo e foi cuidar de seus latifúndios e de suas cabeças de gado em Campo Maior, a sua terra.

Por Zózimo Tavares