A Construtora  Nordeste Odebrecht, responsável pela construção de um dos trechos da ferrovia Transnordestina, acaba de dispensar 300 operários. Na sexta-feira, 24 de fevereiro, a construtora, alegando falta de pagamento por parte do Governo Federal, despediu  300 dos 580 operários que trabalham no canteiro de obras do consórcio no município de Itaueira, extremo Sul do Piauí. O responsável pelo Blog, o acadêmico e jornalista Magno Pire,  esteve pessoalmente no município de Itaueira e teve o depoimento de várias pessoas que entrevistou na cidade. No alojamento da construtora tem grande quantidade de material e equipamento, mas a tristeza é muito grande, com a liberação dos operários. No restaurante em Itaueira, que fornece 750 alimentações diárias para os empregados, o ambiente é de tristeza e na área reservada aos operários não havia ninguém. No canteiro da empresa, apenas o vigia. É profundamente lamentável a desaceleração das obras da ferrovia, porque assim acontecendo, emcarece os custos do investimento e prorroga a sua conclusão, prevista para 2014. É estranho a falta de recursos porque há várias frentes de financiamento: BNDS, FAT, FINOR, além das emendas orçamentárias,  indicação dos parlamentares. O PAC também é outra fonte de financiamento. Esses recursos de origem do PAC estão assegurados no Orçamento Geral da União. Portanto, recursos carimbados, consequentemente  pertencentes às obras da ferrovia, não podendo ser remanejadas. A presidente Dilma Rousseff esteve em Pernambuco visitando as obras da Transnordestina e da Transposição do Rio São Francisco. Ficou decepcionada porque todas atrasadas. Imagine quando souber que a Odebrecht dispensou 300 empregados no Piauí por falta de pagamento dos agentes financeiros ao consórcio construtor do empreendimento.