... São todos aqueles para quem o papel do estado é manter o bom funcionamento das instituições de modo que as liberdades individuais possam ser exercidas em sua plenitude, sob o domínio de leis justas e aplicadas igualmente aos indivíduos, independentemente de sua classe social. A Revolução Gloriosa ensejou a criação do Banco da Inglaterra, o primeiro guardião da moeda e, portanto, do poder de compra das pessoas. A aprovação da lei da tolerância de 1689  lançou as bases da liberdade religiosa, garantindo aos católicos, derrotados na revolução, a preservação de seus cultos e à Igreja de Roma a propriedade de seus templos. São filhos da revolução Gloriosa os que defendem hoje o controle sobre os gastos governamentais, a diminuição da carga tributária e a intromissão mínima dos agentes do Estado nas esferas pessoal e familiar.             Os estudiosos do período divergem sobre alguns aspectos da Revolução de 1688, em especial se ela foi mesmo tão incruenta quanto os historiadores mais estabelecidos sustentam.  Mas todos convergem para a conclusão de que, ao garantirem a estabilidade política e o primado das leis sobre a vontade dos monarcas, os revolucionários ingleses abriram caminho para o progresso cientifico e social que produziu a Revolução Industrial e o capitalismo baseado no capital de risco.  E OS FILHOS DA REVOLUÇÃO FRANCESA. ... são todos aqueles para quem o papel do Estado é prover o bem-estar da maioria seja qual for o custo. Sob o amplo guarda chuva da liberdade, igualdade e fraternidade”, o genial resumo dos ideais revolucionários de 1789, abrigam-se desde democratas sinceros até defensores cegos do centralismo econômico e dos mais cruéis e irracionais monopólios do Estado. A revolução Francesa foi uma derrota prática em que constitucionalistas tiveram o pescoço cortado pelos girondinos e estes foram decapitados pelos jacobinos, numa sucessão sangrenta que jogou a República no colo de um ambicioso e hábil artilheiro da Córsega chamado Napoleão Bonaparte, que, em pouco, se fez imperador e reinstalou o comando despótico sobre os franceses. Do ponto de vista da propaganda, porém, a revolução dos franceses supera em muito e com facilidade a insurreição dos protestantes ingleses de 1688. Atualmente, todos os movimentos reivindicatórios do mundo podem ter as raízes de suas lutas traçadas até as barricadas imortalizadas no quadro Liberdade Guiando o Povo, pintado por Eugène Delacroix em 1830, perto da fama do quadro de Delacroix, empalidece a imagem de WilliaamIII, com seu traje impecável e em uma pose de comando muito pouco convincente.