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País eleva gasto federal em 140% em 15 anos para áreas como saúde, educação e previdência, diz Ipea

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta sexta-feira (8) o “Comunicado do Ipea nº 98”, que apresenta os números e a evolução do gasto social federal (GSF). Elaborado pela Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea (Disoc), o estudo diz que o gasto social do governo federal teve crescimento contínuo nos últimos 15 anos e atingiu quase 16% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009. Isso significa que foram destinados a áreas como saúde, educação, previdência e assistência social, entre outras, o equivalente a R$ 541,3 bilhões. Em 1995, o volume de recursos era de R$ 219 bilhões, pouco mais de 11% daquilo que a economia brasileira produzia em um ano. De acordo com o técnico de Planejamento e Pesquisa do instituto e um dos autores do estudo, intitulado “15 anos de Gasto Social Federal - Notas sobre o período 1995-2009”, José Aparecido Carlos Ribeiro, “comparar o gasto social com o PIB nos permite observar a prioridade macroeconômica da área social, e ter noção do esforço feito pelo governo e a sociedade, dentro das possibilidades econômicas, para estabelecer uma política pública”. Entre 1995 e 2009, o GSF aumentou sua participação no PIB em 4,6 pontos percentuais. No primeiro período da pesquisa, que vai até 2003, o crescimento foi de 1,7 ponto percentual. A partir de 2004, os gastos tiveram aceleração e incorporaram mais 2,9 pontos percentuais do Produto Interno Bruto. “Desde os anos 1990, o Estado brasileiro tem se esforçado para montar um sistema de proteção social previsto na Constituição Federal. A assistência social, por exemplo, tornou-se um direito com a Constituição”, argumentou Jorge Abrahão de Castro, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea.