Literatura

PIAUÍ NAS “NOTAS” DE REIS VELOSO

Fortalecimento das cadeias produtivas da cera de carnaúba, do babaçu, do mel, da agroindústria nos platôs irrigados de Parnaíba e Guadalupe.

Quanto aos três primeiros procedimentos, juntamente com o extrativismo da maniçoba, do tucum e o criatório do gado pé duro, além da agricultura de sequeiro de arroz, do milho, do feijão, da mandioca, da cana-de-açúcar, com a produção da rapadura sobretudo, serviram de base à economia do Piauí. Foram responsáveis pelas riquezas que movimentaram o comércio e a indústria. O babaçu e a cera de carnaúba tiveram destaques, inclusive com fortes trocas no comércio internacional, com grande exportação dos produtos.

 

Agora, Reis Veloso, exalta esses produtos, dentro de um novo processo de desenvolvimento de riqueza do Piauí. Principalmente quando a maioria não acredita mais que esses produtos possam contribuir efetivamente ao desenvolvimento a ponto de robustecer e direcionar um novo rumo á cadeia do desenvolvimento com as riquezas que lista efusivamente em suas inteligentes“notas” econômicas.

 

Os sucessivos governos, não podem deixar de proteger e financiar esses milhares de produtores, bem como as 200.000 pessoas que se ocupam com a exploração e comercialização do babaçu; embora, com um processo que continuará praticamente artesanal, com um mínimo de industrialização. Na coleta de palha de carnaúba, não houve nenhum avanço tecnológico.

 

Nunca contribui com a idéia e a corrente de que o Piauí é pobre. Sempre critiquei a falta de iniciativa e de agressividade de seus líderes e de seus políticos que consolidaram esse pensamento inexato e insensato relativamente ao estado. Como pode ser pobre uma região com as potencialidades de riquezas listadas pelo ministro Reis Veloso em suas percucientes “notas”?

 

Essas espetaculares “notas” são lançadas no momento em que o governador do Estado, Wilson Martins, elabora um “ plano de desenvolvimento sócio-econômico sustentável” para o estado nos próximos 50 anos, com o diagnóstico das oportunidades e potencialidades de desenvolvimento e exploração das suas riquezas latentes.

 

“Notas” para o desbravamento, o desenvolvimento, para a exploração das potencialidades e riquezas latentes. Intactas. Amortecidas á falta de um líder, de um revolucionário, capaz de descobri-las. E dar-lhe um sentido, convertendo em “bem-estar, material e espiritual, para o seu povo”como anota Reis Veloso. Um livro que rejeita idéias preconcebidas – ressalta Reis Veloso mais adiante.

 

As “notas” fazem uma retrospectiva inédita sobre as riquezas piauienses. Aponta caminhos para descobrimento e o desenvolvimento. O ministro restaura e restabelece a confiança no Estado de todos os piauienses. Relaciona todas as riquezas dos cerrados ao sul e sudeste, no semiarido, na caatinga, e no litoral no norte em Parnaíba com a ZPE e o histórico Porto de Luis Correia. Além da restauração do ramal ferroviário de Altos a Luis Correia.

 

O Ministro não esquece absolutamente nada ao listar as potencialidades e oportunidades. A SUDENE, BNB, Codevasf, DNOCS, agentes do desenvolvimento, não são esquecidos. São exaltados.

 

Destaca a falta de energia que atrasa o desenvolvimento. Lista até um pendenga entre a Eletrobrás, antigo DNOCS e a Cepisa, que afugentou empresários que queriam desenvolver projetos produtivos nos tabuleiros litorâneos.

 

A grande contribuição especial do Superintendente da SUDENE, Paes Landim, robustece e fortalecer a imprescindibilidade da SUDENE. E a certeza de sua confiança na Autarquia que mais que todos presta um relevante serviço ao desenvolvimento sócio-econômico sustentável do Nordeste e do Piauí. É responsável pelo mais profundo diagnóstico da situação sócio-econômica da região com os seus quatro Planos Diretores.

Magno Pires