Economia

PIB, INFRAESTRUTURA EO AJUSTE FISCAL

 

 

Magno Pires

 

 

 

O PIB é o somatório das riquezas produzidas em determinado momento no país. O PIB reflete o resultado das ações implementadas e executadas pelo gestor. O PIB é a conseqüência material da adequação fiscal imposta ao ente público. O PIB resulta das ações implantadas na infraestrura física e social pelo administrador. Quando o PIB é negativo significa que o gestor realizou pouco; Que os investimentos, possivelmente realizados, não produziram, não tiveram nenhum efeito positivo economicamente na sociedade.

 

As estradas, barragens, açudes, escolas (inclusive ampliações e modernizações), redes elétricas, saneamento, habitação, comércio, resultados de safra, implantação de projetos industriais, agrícolas, calçamentos, impostos, serviços, ... todas essas rubricas compõem o resultado do PIB. E para que haja aumento do PIB é necessário que o gestor (ou gestores) realizem, sejam produtivos e eficazes na gestão. O administrador ineficiente não produz PIB. Exclusivamente os bons gestores são responsáveis pelo aumento dos índices econômicos e sociais. A produção em escala e a educação de qualidade são dois notáveis fatores responsáveis pelo aumento do PIB. Quando a taxa de crescimento do PIB é alta, automaticamente haverá aumento da renda e do emprego; com queda da inflação. O PIB, por ser composto de vários índices econômicos e sociais, certamente é o mais importante balizador do crescimento da economia de um país.

 

O Piauí teve um crescimento extraordinário de 6,1% no PIB em 2011 comparativamente com 2010. E a renda per capita cresceu de R$ 7.072,80 em 2010 para R$ 7.835,75 em 2011, com aumento de quase 11%. Enquanto a economia do Piauí cresceu 6,1%, o PIB brasileiro teve acréscimo de apenas 2,7%, sendo quase duas vezes e meia o do Piauí frente ao Nacional.

 

Tomando-se como referência o ano de 2007, a economia do Piauí passou de R$ 14.136 bilhões nesse ano para R$ 24.607 bilhões em 2011, com aumento médio anual do PIB de R$ 2.550 bilhões. Mas, avançando-se mais ainda nas comparações ano a ano, teremos alterações muito positivas no quadro econômico: enquanto em 2002, o nosso PIB era de R$ 7.425 bilhões e em 2011 de R$ 24.607 bilhões, pode-se dizer que o Estado mais que triplicou o seu PIB no Período.

 

O setor agropecuário foi o que mais ganhou participação no Piauí 7,4% em 2011. O setor expandiu-se 44,9% em 2011, demonstrando recuperação na comparação com 2010, ano em que o setor retraiu-se (-13,6), motivado pela escassez de chuvas no período mais importante da produção, com redução na produtividade. A produção de soja foi o destaque com crescimento de 342,5%, o algodão com 208,779%. Foram produzidos em 2011 2,2 milhões de toneladas de grãos, sendo que mais da metade é produção de soja. O estado é o terceiro maior produtor de grãos do Nordeste.

 

Mas, para que haja crescimento econômico constante e estável da economia, com aumento do PIB, além de aumentar a área da exploração de soja, o Estado necessita agregar à sua economia a exploração das riquezas do gás e do petróleo na bacia sedimentar do Rio Parnaíba, do níquel e do ferro em Paulistana e Coronel Gervásio de Oliveira, das empresas em implantação em Guadalupe e Uruçui... Esses números e essa tendência de estabilização econômica, com crescimento permanente, devem-se às ações executadas pelo governo do Estado na área da infraestrutura física e social, com um ajuste rígido nas contas públicas.

 

Magno Pires é ex-Secretário de Administração do Estado do Piauí e Membro da Academia Piauiense de Letras – APL.

 

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