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PRESIDENTE BOLSONARO, MINISTROS PAULO GUEDES E SÉRGIO MORO E MINISTROS MILITARES – (I)

PRESIDENTE BOLSONARO, MINISTROS PAULO GUEDES E SÉRGIO MORO E MINISTROS MILITARES – (I)

PRESIDENTE BOLSONARO, MINISTROS PAULO GUEDES E SÉRGIO MORO E MINISTROS MILITARES – (I)

Magno Pires

 

            Mas... esse pingue-pongue de estocadas e troca de insultos entre o presidente Bolsonaro e o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia; dos Ministros da Economia e da Justiça e Segurança Pública também com o presidente da Câmara; as trapalhadas do Ministro da Educação e assessores; as constantes entrevistas do Vice-presidente da República, general Mourão, falando muito mais mesmo que o presidente Bolsonaro; além da terrível submissão do presidente aos Estados Unidos e a Trump, menosprezando nossa soberania, bem como a questão Palestina e Israel, mal conduzida, com privilegiada atenção, sabidamente desnecessária, a Israel, para agradar aos Estados Unidos; porque, afinal, ambos são tradicionais a velhos parceiros  nossos. E o Brasil não resolvera essa briga ideológica, comercial, cultural e, notadamente, religiosa e territorial. E toda essa visibilidade e cenário levarão à consolidação da crise econômica e da recessão, com o pior que poderá acontecer: a reforma da Previdência não será aprovada. Ou todos conversam e se entendem, convergindo à solução, como gente grande e responsável, ou nada será resolvido, equacionado. O país prosseguirá no atoleiro da pior crise econômica de sua história, desde a depressão de 1929.

            Não voto por questões ideológicas. Entendo que direita, esquerda e/ou centro esquerda e centro direita não expressam os sentimentos nacionais. São apenas termos operativos que encerram interesses de grupos político-partidários com pretensões de Poder de Estado. Compreendo, porém, que cada presidente faz a sua parte. E todos, historicamente, construíram e materializaram os seus objetivos e/ou planos, projetos e programas enquanto gestores públicos. Nenhum deixou de fazer algum investimento ou alguma obra. Todos fizeram alguma coisa dentro das condições políticas, técnicas e financeiras permitidas pelo Brasil. Acho, contudo, que o presidente Bolsonaro também fará a sua parte.

            Essas divergências e esse pucha-encolhe, repito, com o presidente Rodrigo Maia, presidente da Câmara Federal, terá o seu fim. Não é boa essa troca de insultos entre autoridades e Bolsonaro deve liderar o País. Não é aconselhável essa troca de palavras grosseiras entre várias autoridades. O povo está preocupado com isso, bem como os agentes econômicos. Elas paralisam a economia e aceleram o processo de desgaste do presidente. O país não cresce.

            As divergências entre Paulo Guedes e o presidente da Câmara Federal, embora já superadas, também são desaconselháveis. E também entre o presidente Rodrigo Maia e o ministro Sérgio Mora. Elas não constroem e irritam os agentes econômicos, assim como o mercado desaquece e a bolsa despenca. Demonstrando que prejudicam o Brasil e a sociedade e trazem desconfianças insuperáveis ao mercado, como queda na Bolsa de Valores, aumentos de juros e fechamento de empresas. Produzem instabilidade. O mercado é sensível a qualquer irritação do presidente e dos seus ministros; especialmente os da área econômica e refletem imediatamente nos negócios do País e na Bolsa de Valores.

            Em um cenário de profunda instabilidade política, como o presente, ele ressente e repercute, de imediato, na economia, desgastando todo o sistema sócio-econômico. Por isso, que é prudente que o ministro Paulo Guedes seja moderado em suas divergências com o ministro Sérgio Moro, bem como do presidente Bolsonaro com o presidente da Câmara.

           

Magno Pires é Membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário de Administração do Piauí, Advogado da União (aposentado), jornalista, administrador de empresas, ex-consultor jurídico da Companhia Antactica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 115.200.417 acessos em 9 anos e cinco meses. e-mail: [email protected].