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QUEREM BANALIZAR A MORTE DA ESTUDANTE FERNANDA LAGES

            Se este assassinato da estudante de direito Fernanda Lages não for esclarecido e/ou desvendado, as instituições jurídicas – Ministério Público e Polícia Federal – estarão irremediavelmente escachados, para não dizer desmoralizados, perante a opinião pública, notadamente junto aos familiares de Fernanda Lages, que são milhares de  pessoas. Pois, denota-se, artimanha dos responsáveis pelo crime e de advogados em tangenciar os fatos, com a pretensão, típica de defesa de acusado e/ou acusados, em desqualificar os antecedentes e a vida de Fernanda, como se ela fosse uma desocupada, irresponsável, dona da vida noturna de Teresina e Estados vizinhos, agora o Maranhão, como progamista habitual, metida com grã-finas da alta classe social. Mas não era esse o seu comprometimento. E ainda que o seja e/ou o fosse, há um crime de homicídio terrível, com características profundas de perversidade, que o Estado precisa desvendar para coibir outros do nível e de modalidades idênticas.  Na Polícia Civil do Estado ninguém acredita mais. A esparrela, a porcaria da conclusão a que chegou, relativamente ao crime de assassinato de Fernanda Lages, deu bem o tom do seu despreparo técnico e do nível de politização de seus atos, embora tecnicamente incumbida na defesa da ordem e da proteção das vidas de todos os cidadãos pobres, ricos, remediados.  A Polícia Federal, tecnicamente preparada, com delegados treinados e capacitados, todos concursadas, submetido a regimentos e controles de conduta rígidos, terá que apontar os monstros responsáveis por esse trucidamento de Fernanda sob pena de também ninguém mais acreditar em sua eficiência técico-cientifica e em sua grande credibilidade por ter desmontado várias quadrilhas em vários Estados brasileiros, reafirmando a sua seriedade e sem politizar “in tatum” as suas ações no combate severo ao crime organizado.             Fernanda Lages não era uma vadia. Mas, ainda que fosse, não podia ser morta, assassinada, aí sim, por uma quadrilha, que age na alta sociedade do piauí e agora com ramificações no Maranhão, com políticos, de ambos os estados, envolvidos no assassinato. Ou querendo proteger alguém com ligações ao fato, porque conhecia Nayrinha.             Os trucidadores de Fernanda tinham (ou ainda têm tanta certeza da impunidade por conta do andar das investigações) tanta convicção da impunidade, que a mataram dentro da construção de um órgão federal (Ministério Público Federal), justamente uma instituição do judiciário, certamente para desmoralizar a justiça nacional, apegando-se à velha historia, já ultrapassada, de que rico não vai preso,  nem incomodado, tampouco condenado.             8 meses já se passaram e apenas a Nairinha Veloso está presa. Os vigias estão soltos e nada presenciaram. Nem o carpo de Fernanda sendo jogado do alto do edifício em construção. Ou ela própria entrando no prédio em construção do MPF. Todos os demais responsáveis e/ou envolvidos estão soltos, tramando e inventando “estória”, para desviar o curso das investigações, para livrar os assassinos da cadeia e/ou do inquérito policial. Apenas Nayrinha Veloso está presa e a prisão ainda é ilegal segundo o advogado maranhense. A Justiça, entretanto, prorrogou o seu decreto de prisão sob protestos do advogado maranhense.             Colhi vários depoimentos em Barras sobre o comportamento de Fernanda Lages. Tinha conduta ilibada e irreprochável. Dava-se com todos. Freqüentava amigos. Com o avô e o pai, pela manhã cedo, ia para a vacaria do pai ajudar na ordenha das vacas, atividade principal da família.             Se o Ministério Público Estadual, a Polícia  Federal e o Ministério Público Federal (o crime foi cometido num órgão federal) não desvendarem esse bárbaro assassinato, prendendo e condenando todos os responsáveis, qualquer um de nós poderá ser vítima de um bandido desses porque nada acontecerá.             A impunidade e as quadrilhas do Brasil prosperarão inexoravelmente.