Gestão

REDUZ A IMPORTANCIA POLÍTICA DAS LIDERANÇAS

*Magno Pires

                Evidente que o poder dos prefeitos, vereadores e lideres políticos nos municípios, ainda é muito forte, embora controle apenas 30% dos votos do eleitorado. Poder derivado da distribuição de cargos comissionados, assessores, construção de estradas vicinais, açudes, pagamento de escolas...

                As eleições estão mudando o seu perfil. Principalmente porque o eleitorado não aceita mais o fantástico poder que prefeitos e vereadores detêm. E há também a consciência de que os recursos são públicos e o gestor municipal é apenas um gerenciador dos recursos. Gerenciamento que o eleitor lhe concede através de eleições livres e populares. A população e/ou o eleitorado determinou-se a exercer esse seu poder e mostrar aos prefeitos e vereadores, bem como ao governador e deputados estaduais e federais, bem como aos Senados, que eles exercemesse poder, que é limitado, posto que se exaure ao final de um período, conforme a Lei Eleitoral.

                As eleições deste ano terão um perfil marcadamente de mudanças. Os movimentos de ruas ensinaram à sociedade de que ela é quem faz as mudanças e jamais os legisladores e Chefes do Executivo. Esses 70% do eleitorado, juntamente com os insatisfeitos contidos n’aqueles 30%, haverão de continuar contestando e aproveitarão a Copa para divulgar as suas insatisfações no planeta.

                Exclusivamente um evento dessa dimensão, poderá mandar as imagens dos protestos do Brasil para o mundo. Os manifestantes aproveitarão a Copa para divulgar os protestos cujas contestações não serão apenas contra a Presidente Dilma, mas contra todos os políticos e gestores públicos. Tampouco contra o PT, porém, servem para todas as agremiações.

                E também haverá uma fantástica renovação na classe política. Deputados, senadores e governadores, detentores de vários mandatos, poderão ser surpreendidos com derrotas. A sociedade quer mudanças, quer novos gestores e novas lideranças, quer um novo perfil sócio –político-econômico e cultural para o pais. Quer desenvolvimento com justiça social. Quer desenvolvimento sustentável e permanente. Quer igualdade de direitos. Quer que a constituição seja cumprida. Quer seriedade na gestão dos negócios públicos, em todos os sentidos, inclusive moral e ética. Quer, enfim, políticos e gestores sérios e honestos. E exigem isso de todos os partidos.

                Por conseguinte, preparam-se as condições e os lideres para enfrentar um turbilhão de protestos, exclusivamente contra a Copa, mas contra os gestores públicos e lideres políticos, em menor intensidade.

Magno Pires é membro da Academia Piauiense de Letras – APL, Ex-Secretário de Administração do Piauí, Advogado a União (Aposentado)

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