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REFORMA E ABERTURA NA CHINA
A Rússia e a China, com os líderes Mikhail Gorbachev e Deng Xiãoping, respectivamente, empreenderam em seus países programas de desenvolvimento estratégico de longo prazo e conseguiram realizar a modernização tecnológica, administrativa, da agricultura e industrial, mesmo enfrentado sérios obstáculos internos e com os Estados Unidos. Especialmente os chineses, não aceitavam os vícios do sistema capitalista, mas queriam a transparência das inovações tecnológicas para modernizar a China. Deng enfrentou a resistência do Partido Comunista Chinês, bem como de companheiros do Comitê Central do PC chinês. Mas, não se afastou dos seus ideais de elevar a China a uma potência, para competir com Estados Unidos, Japão, Alemanha e demais nações do primeiro mundo. Contudo, para que isso acontecesse, Xiãoping melhorou as ralações sociais, econômicas, políticas, culturais e diplomáticas com os Estados Unidos, especialmente as relações econômicas; melhorou também sua política externar com a União Soviética, com o líder Gorbachev. Foi um trabalho de indas e vindas. Justamente porque, nesse ínterim ou nesse espaço, foram invadidas o Afeganistão, aliado da Rússia, Vietnam, aliado da China, o que veio a dificultar o relacionamento não só político, mas diplomático e econômico, com as nações lideres do mundo ocidental, notadamente Estados Unidos.
Deng e Gorbatchev firmaram a convicção de que o desenvolvimento econômico de seus países passava necessariamente pela transferência da tecnologia dos Estados Unidos para seus países, com “reforma e abertura”, para implantar a modernização da China. Porém, sem implantar os vícios sistemáticos do capitalismo. O isolamento e/ou o afastamento da maior potência econômico do planeta não covinha mais a esses países porque significava perda de poder e recursos, além de retardar o seu desenvolvimento econômico e industrial. Também, para conseguir essa renovação cientifica e tecnológica, China e Rússia teriam que fortalecer os exércitos; controlar e também expurgar os radicais e/ou conservadores; melhorar as condições de vida de seus povos; fazer abertura ampla; persignar no socialismo. Porém, jamais tiveram a ilusão de prosseguir na política externa de afastamento dos Estados Unidos. Notadamente Deng.
O planejamento estratégico de longo prazo, adotado pela Rússia e China, obtivera resultados, justamente porque houve persistência dos lideres na defesa de seus objetivos para tornar as nações ricas, competitivas e com produtividade, no entanto sem os vícios do capitalismo. E só obtiveram êxito porque persistiram sem se incomodar com a reação radical dos próprios colegas do partido comunista russo e chinês.
A China, com Deng Xiãoping, superou a Rússia porque avançou fantasticamente no seu programa de desenvolvimento econômico, cientifico e tecnológico, tornando-se um pais mais aberto e favorável aos investimentos estrangeiros. Enquanto que a Rússia, mesmo com a exponencial e cativante liderança de Gorbatchev, que fez a abertura na Rússia, entretanto sem a mesma repercussão do plano chinês, porque ainda resiste à entrada do investimento externo, certamente pelo desmonte do bloco soviético, diferentemente da China, que não teve esse problema, embora uma infinidade de províncias, que permaneceram atreladas a Pequim, ao Poder Central e ao Partido Comunista Chinês. Também pela mão de ferro de Deng. Gorbatchev era um líder mais flexível, provavelmente mais comprometido com as idéias de uma democracia social plural e participativa. Deng, mais duro, tendo que enfrentar os “conservadores” e os “anciões” (estes terminaram por apóia-lo) porque detinham poder relativo no Comitê Central do Partido, no Exercito Popular do Povo e nas grandes províncias.