SANGUE-PURO DA LIBERDADE DE IMPRENSA CRÍTICA E RESPONSÁVEL
SANGUE-PURO DA LIBERDADE DE IMPRENSA CRÍTICA E RESPONSÁVEL
Magno Pires
Os políticos do Piauí, na sua grande maioria, prosseguem (ou continuam) intolerantes, abespinhados e intimidados, com as críticas da imprensa às suas posturas, condutas, atitudes e malfeitos. Eles não aceitam nem sequer toleram a imprensa.
E quanto à rede social, se pudessem, extinguiam o maior e mais popular meio de comunicação social idealizado pelo homem, com penetração e capilaridade em todas as camadas sociais.
Todos, na verdade, o que querem mesmo, é uma imprensa que lhes faça elogios diários, permanentes, mirabolantes, inverídicos, e acoberte suas impropriedades e/ou desonestidades como políticos e gestores.
Querem uma imprensa de crônicas sociais, sem fundamentação ideológica e filosófica, sem críticas contundentes e responsáveis do relato dos fatos materiais e das notícias que constroem uma conduta democrática e independente, modeladas como escopos essenciais e fundamentais da liberdade.
Sem esse cenário, entramos no mar revolto e, consequentemente, morto do autoritarismo, com ditaduras que corrompem e amordaçam a liberdade. Reprimindo os direitos individuais, coletivos e difusos do homem.
As nações e sociedades que evoluíram, ficaram ricas, se desenvolveram social, política, cultural e economicamente, adquiriram essa condição, sob a égide e o sustentáculo da liberdade de imprensa na democracia.
As ditaduras e/ou os regimes intolerantes à imprensa não se sustentam, nem se estabilizam, não se efetivam, duradouramente, têm vida curta, temporária, porque lhes faltam o binômio-concreto da democracia e da imprensa.
Nenhum regime político e econômico se sustenta e se materializa sem o sangue-puro da imprensa crítica e responsável. E aqueles que defendem a impostura na imprensa têm um encontro marcado com o fracasso; com a incerteza no futuro.
O Piauí é um estado sempre governado por um núcleo familiar poderoso. Agora e no passado. E essa condição política histórica, contribui e robustece enormente sua tradicional intolerância com uma imprensa crítica. Justamente para não expor e relatar à sociedade o enorme empoderamento do clã familiar e a depredação e/ou apropriação dos bens do Estado.
Além de combater e restringir uma imprensa livre e crítica, que desvenda e expõe suas apropriações dos bens do estado patrimonial, consequentemente familiar, esses políticos enaltecem embusteiramente os seus pendores pseudo democráticos e a sua intolerância às ditaduras, na tentativa vã de engabelar e enganar a sociedade.
Jornalistas e repórteres são amordaçados e assassinados em todo o planeta; Redações, jornais e revistas são invadidos, bombardeados e queimados, especialmente em países sob regimes civis e militares ditatoriais; todos tentando calar e/ou silenciar a imprensa, a liberdade e a livre expressão.
Contudo, após esses atos de barbárie, a imprensa e a rede social se tornam mais fortes e empoderados, para o infortúnio e tristeza desses arautos da intolerância, com a liberdade de imprensa.
Governos, políticos e empresários tentam silenciar a imprensa. Retirar-lhe o direito democrático de criticar os seus malfeitores; mas enganam-se todos porque jornalistas e repórteres carregam consigo o idealismo por formação, a liberdade por convicção e a determinação como áurea porque o seu real compromisso é com a sociedade e a verdade na divulgação dos fatos. Jamais com os desvios de conduta de agentes públicos, privados e de políticos.
Magno Pires é membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, ex-consultor jurídico da Companhia Antarctica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 88.400.000 acessos em 8 anos e 5 meses, e-mail: [email protected].