Gestão

SÃO RAIMUNDO NONATO, SÃO BRÁS E SÃO JOÃO

SÃO RAIMUNDO NONATO, SÃO BRÁS E SÃO JOÃO

SÃO RAIMUNDO NONATO, SÃO BRÁS E SÃO JOÃO

Magno Pires

            Evidente que está havendo uma forte mudança no comportamento e/ou conduta do gestor público brasileiro nos três níveis da administração nacional.

            As ações dos órgãos institucionais federais e estaduais na vigilância, com fiscalizações e auditorias permanentes, têm conduzido os gestores a essa mudança.

            A imprensa e a rede social, também com suas denúncias, além da intermitente ação efetiva do Poder Judiciário e do Ministério Público Estadual e Federal.

            O semiárido piauiense sempre se debateu com falta d’água, não só para o abastecimento humano quanto para os animais. As chuvas são poucas, com baixa pluviometria, por isso a seca histórica ataca veementemente a região.

            A estação invernosa é muito curta e com baixa precipitação pluviométrica, com seca muito intensa e por longo período ano.

            Justamente, por isso, o nordestino continua migrando para o sul do país à procura do emprego e, consequentemente, sem condições mínimas materiais de sobrevivência, porque a tudo destrói, exceto seu ânimo,  seu atavismo e sua determinação de vencer as enormes barreiras e obstáculos produzidos pela seca.

            Não sou um alarmista. Tampouco um pessimista atávico quanto ao nordeste. Menos ainda, um descrente quanto a esta enorme região; e, menos ainda, quanto ao Piauí e à área do semiárido do Estado.

            Por anos, dezenas de anos, o semiárido piauiense foi esquecido. Os governos e os políticos não faziam os planos, programas e projetos permanentes que contemplassem por longo prazo e efetivamente a vasta região, em amparo e em proteção definitivos aos seus nativos. Era um espaço abandonado.

Entretanto, deve-se anotar e reconhecer que a ação do DNOCS, no início, e da SUDENE, posteriormente, dotaram a área de alguns equipamentos públicos, como adutoras, barragens, poços e açudes no sentido de minimizar a carência de abastecimento d’água. Embora, na maioria, água salitrada e ferrosa, com consequências danosas à saúde humana.

            O empenho e o trabalho do Padre Lira, com a Fundação Ruralista; da arqueóloga Niedje Guidon, com o Parque Nacional da Serra da Capivara; do médico Waldir Ribeiro Dias, do ex-deputado José de Castro, Waldemar Machado, Newton Macedo e Marcelo Castro, bem como a constante ação política do deputado federal e professor Paes Landin, maior aliado de Niedje, têm conseguido manter viva as ações governamentais e realizado a construção de obras essenciais, especialmente no entorno dos municípios de São Raimundo Nonato e nesta cidade.

            Evidentemente que essas fortes ações e execuções das obras têm os seus motivadores, idealizadores, defensores, e construtores: o Parque, o Museu do Homem Americano, Polos da UESPI, da Federal e da Universidade do vale do São Francisco, o Aeroporto Internacional, as adutoras, a Cerâmica de Cel. José Dias, as Brs asfaltadas... Todas tiveram um e/ou vários defensores até sua materialização e/ou construção. E luta renhida e persistente. Pois, do contrário, não seriam erguidas.

            Agora, porém, o entorno da histórica e arquitetônica São Raimundo Nonato, no semiárido, está recebendo três grandes e importantes investimentos públicos no setor do saneamento básico de água e esgoto. Obras fantásticas! Há anos necessárias as suas execuções, com apoio incansável e primordial do engenheiro Henrique Pires.

            Está sendo construída uma adutora com 26 km de extensão e produção diária de 76 mil litros cúbicos de água por hora que reforçará o Sistema Garrincho e resolverá o problema de água  para o consumo humano em São Raimundo Nonato e dos municípios vizinhos, com investimento de R$ 16 milhões.

            Outra adutora, com 40 km de extensão, em construção, que abastecerá São Brás e mais 5 municípios; também solucionando, com água doce, o abastecimento definitivo dessas cidades, cujo investimento é de R$ 5,6 milhão. Apenas o poço perfurado pela CPRM custou R$ 1,5 milhão, com vasão de 150 mil litros hora.

            Em São João do Piauí, está concluída a obra do sistema de esgoto da cidade, inclusive com uma enorme estação de tratamento dos dejetos. A União, comprometerá recursos da ordem de R$ 10 milhões. A cidade de São João do Piauí ficará 50% saneada.

            O engenheiro Henrique Pires, Secretário Nacional do Meio Ambiente, com ação primordial e outros líderes políticos, foram os responsáveis pela construção dessas obras, comprometendo R$ 31,6 milhões e as duas adutoras com 66 km de extensão.

           

 

Magno Pires é membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, ex-consultor jurídico empresarial da Companhia Antactica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 98.400.118 acessos em 8 anos e quatro meses, e-mail: [email protected].