Blog
SUCESÃO: AÉCIO, EDUARDO CAMPOS E PADILHA (I)
Parece enterrada uma eventual candidatura do ex-Ministro José Serra á Presidência da República em 2014. O problema é o PSDB não é o candidato. A sigla está estigmatizada na opinião pública. O governo de FHC não foi ruim. Mas, não conseguiu repassar á sociedade os vários eventos administrativos favoráveis ao desenvolvimento estruturante montados na administração federal: continuidade do Plano Real, iniciada na gestão Itamar Franco, combate à inflação, privatizações, dentre outros. Instituiu o Bolsa Família, porém, aprovou a reeleição e no seu governo o servidor Público Federal passou 8 anos sem aumento. Duas medidas antipáticas, exploradas exaustivamente pela oposição, notadamente o PT, o principal adversário do governo e dos tucanos. O PSDB não consegue fazer uma forte oposição. Não desconstituiu as ações do PT na Presidência. Perde, persistentemente, e todo dia, mais credibilidade. O PT avança na CPI do Cachoeira. A radicalização inconseqüente do oposicionismo tucano nas criticas à gestão petista motivou a perda do mandato de bons senadores do tucanato e de outros partidos: Tarso Jereissat, Heráclito Fortes, Mão Santa e Artur Virgilio. O partido tem um bom senador e um excelente ex-governador que poderá ser o eventual nome de 2014. Contudo, Aécio, carece de uma agremiação aliada capaz de fortalecer sua candidatura porque só com o Democratas e o PPS, talvez o PSD, não terá estrutura suficiente ao projeto presidencial. A sucessão, para o PSDB, não está boa. Com esse quadro não convencerá a sociedade. Nesse cenário perderá novamente, mesmo sendo Aécio Neves.
O PT é o partido político que tem mais eventuais postulantes. Lula será o mais forte de todos, embora o seu estado de saúde. Entre todos os prováveis candidatos em 2014, desponta como o mais palatável, por conta do Bolsa-Família, com milhões de beneficiados, que deixou de ser um programa de atendimento aos pobres, criado por FHC,agora é um grandioso instrumento de ação política, que os petistas usavam (e usam) intensamente bem. A presidente Dilma é outra fortíssima postulante. Tem direito à reeleição. Parece, entretanto, impredisposta por conta de sua saúde. Todavia, nesse intricado jogo intrapartidário entre o elegante e simpático Alexandre Padilha, Ministro da Saúde, certamente para competir também com a beleza de Aécio e Eduardo Campos. O PT tem um fortíssimo aliado – o PMDB, partido com a maior capilaridade eleitoral do Brasil.