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>SUCESSÃO DO GOVERNADOR

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     A candidatura do deputado federal Ciro Nogueira (PP) ao Senado da República, em coligação com o PTB e o PRTB do senador João Vicente Claudino (PTB), tendo como primeiro suplente o mega-empresário João Claudino, também presidente do PRTB, dificilmente prosperará. Exatamente porque o deputado ficará sem mandato. É uma verdadeira aventura porquanto se trata de uma empreitada de altíssimo risco político. E Ciro Nogueira tem sua reeleição de deputado assegurada. Portanto, não será dessa maneira, que o empresário João Claudino fará verter água ao projeto do ex-governador Wellington Dias de se eleger senador, com vitória garantida. Que o virtuoso empresário e político arranje outro meio de atingi-lo porque por esse não terá êxito, embora dis-ponha de recursos financeiros infindáveis, que mesmo os comprometendo intensamen-te não prejudicam o sólido conglomerado empresarial de que é detentor, com abran-gência em quase todos os Estados brasileiros, com ênfase no Nordeste e Norte.
     A coligação do PTB e do PRTB, tendo à frente o senador João Vicente Claudino e o empresário João Claudino, respectivamente, nem sequer ainda indicou o vice governador da chapa. E agora corre à procura de um candidato ao Senado. Porém, para este cargo, parece não ter sido bem sucedido, tendo batido na porta errada, pelo que ouvi de um líder político ligado ao deputado Ciro. E, se for assim, até a coligação do PTB com PP, poderá estar prejudicada. Todos os partidos políticos do Piauí, especialmente os de índole conservadora como PP, PMDB, PTB... são congenitamente governistas. E não gostam de aventuras com perda do poder político.
     A coligação do PSDB, PPS e PSC, com Sílvio Mendes à frente, para o governo do Estado, também ainda não encontrou o vice, mesmo estando em primeiro lugar nas pesquisas, o que não é um bom sinal. E isso vai se agravar porque João Vicente e Wilson Martins avançam nas pre-ferências dos eleitores, com Sílvio perdendo espaço.
     O PDT do deputado Flávio Nogueira está ameaçando integrar a coligação PTB/PRTB, com a perspectiva de ser o vice do se-nador João Vicente Clau-dino. Também não acontecerá. Justamente porque o deputado simplesmente perderá o mandato e enfraquecerá o partido. Os deputados que têm dificuldades de eleger-se não têm por hábito entrar em aventuras. Mas a agremiação está dividida porque Ubiracy Carvalho e Antônio Uchoa ficam com o governador Wilson Martins (PSB). O deputado Flávio é também presidente do PDT, aliado de Wellington e Wilson, desde o primeiro governo, com fortes interesses no governo.
     O PT realizou uma assembléia e ratificou o apoio à reeleição do governador Wilson Martins. As oposições apostavam que o PT iria lançar candidato ao governo do Estado, contrapondo-se à candidatura de Wilson. Acho que até Sílvio Mendes (PSDB) esperava por essa oportunidade. Aguardava uma dissidência partidária, principalmente do PMDB, a qual integraria sua coligação. Nada aconteceu. E Wilson foi mais uma vez vitorioso. O PT está amadurecido.
Por conseguinte, a coligação PMDB, PT, PC do B e PSB, encabeçada pelo PSB, tendo Wilson como forte candidato à reeleição, prossegue sua consolidação de vitória em outubro, embora as pesquisas o coloquem em última posição, pois soma a maior quantidade de prefeitos, deputados e lideranças, detendo também o maior poder político, representado pela maioria dos deputados e das mais expressivas agremiações políticas. Ora, se as demais coligações estão consolidadas, notadamente a do PSDB, por que não conseguem sequer um vice? É difícil acreditar nessas pesquisas. E o efeito Dilma, com Lula, está tomando o país, com a vitória da ex-ministra em outubro