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SUZANO SUSPENDE IMPLANTAÇÃO DE FÁBRICA

 Nenhum grupo empresarial recebeu mais consideração e atenção, certamente também estimulo fiscal e financeiro, para se implantar em um Estado brasileiro do que a Suzano. O governador Wellington Dias propiciou todas as vantagens, inclusive de empresa pioneira e as constantes matérias divulgadas nos jornais, especialmente no Meio Norte, todas valendo como propaganda para a empresa e seus produtos, num prenúncio de forte conquista do mercado piauiense e do Meio Norte do Brasil. Mas, tudo isso está sendo desconsiderado pelo grupo empreendedor, com a noticia-informação da suspensão da execução da planta industrial e/ou da sua retirada do solo estadual do Piauí, para construir outro projeto no Estado do Maranhão. Ou a informação de que o grupo Suzano teria adquirido as instalações da antiga CEPALMA, hoje do Grupo João Santos, por isso teria adiado para 2014 a construção do projeto. O grupo gerou muita expectativa. Por isso, também, a forte decepção. A Suzano Papel e Celulose ia construir a sua unidade industrial no município de Palmeirais (110 km de Teresina), cujo investimento consumiria aproximadamente R$ 5,5 bilhões. Se os empresários alegaram a crise de 2008 para suspender a construção da fábrica, isso soará como ausência de planejamento estratégico e análise mais apurada do grupo para tomar decisão sobre o futuro. Justamente porque o projeto piauiense foi decidido em 2009, ainda com o governador Wellington Dias na Chefia do Executivo, e em andamento a crise financeira. Cabe, agora, ao governador Wilson Martins (PSB) não aceitar conversa mirabolante dos investidores; achando, por exemplo, que executar o projeto maranhense e/ou adquiri as instalações do grupo João Santos, em Coelho Neto (MA), é a decisão mais produtiva para o empreendedor. Assim sendo, o Piauí irá ser fornecedor de matéria-prima para as empresas do grupo no Estado do Maranhão, desempregando inúmeras pessoas, que auxiliam no plantio das árvores. Ademais, além dos problemas acima relacionados, como adquiriu dezenas de milhares de hectares de terra (informa-se que mais de 50 mil), com a supervalorização do preço do hectare (antes de sua entrada no mercado imobiliário o hectare era adquirido por entre 50,00 e 100,00 reais), hoje custa entre R$ 350,00 a 550,00. Os empreendores deram uma mexida positiva no mercado. Agora, os preços despencarão. Mas o mercado age assim em qualquer parte do planeta. Não há o que reclamar.