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TRÁFICO DE DROGAS
Governantes e sociedade debatem em todo mundo esse gravíssimo problema que se abate sobre todos os países do planeta sem uma solução. Governos e governados tornam-se impotentes. As soluções encaminhadas pelas autoridades do Estado não resolvem o problema. Pelo contrário, tem agravado-o, com o aumento de traficantes e consumidores. O combate imposto pelas autoridades policiais, com apoio da sociedade, principal vítima dessa tragédia sócio-econômica e cultural, não produz os efeitos desejados nos países mais ricos e economicamente desenvolvidos como os Estados unidos onde o consumo aumentou em 79%, após as medidas repressivas adotadas pela autoridade governamental. No Brasil, o Governo Federal, os governos estaduais e municipais, com o embasamento da sociedade, com ONGS, sindicatos e associações ajudando no combate, que tem sido rígido e persistente, também resultou na elevação do número de consumidores em 22%, com os traficantes desenvolvendo, sem grandes obstáculos, os trabalhos de aliciamento de jovens, o que tem favorecido enormemente aos traficantes. Os traficantes não têm jeito. Não há recuperação para esses monstros introduzidos na sociedade. Habituados com grandes somas de recursos, regados pelo comércio ilegal da droga, jamais se submeterão a conviver com pouco dinheiro, enfrentado desassombradamente o cerco policial, corrompendo autoridades na rentável atividade comercial da droga. Prendê-los, em presídios de segurança máxima, sem nenhuma atividade laboral, ficam apenas tramando meios de evadirem-se dos presídios e subsidiando os comparsas nas prisões, aliciando agentes carcerários; ou tentando, com advogados, formas de diminuição das penas, para retornar, o quanto antes, ao comércio ilegal. Mas, enquanto isso, a legião de consumidores aumenta, justamente porque os meios de proteção social, montados pelo Estado, são ineficientes, e esbarram, também na ausência de políticas públicas permanentes para ressocialização do pequeno número que deixa de consumir; e na rigidez das normas coercitivas e punitivas de traficante; justamente de quem a sociedade e os agentes não podem refluir na adoção impositiva rigorosa das normas penais porque, dificilmente ele abdicará do comércio da droga, altamente rentável – repito, para receber salários incompatíveis com a vida rica, embora ilegal, que tem no trafico. Por isso, entendo, que o traficante não tem jeito. Ele é irrecuperável social e culturalmente. Após cumprir as penas voltará a delinqüir cometendo homicídios, assaltos, roubos e traficando drogas, que não se desligará de sua conduta, embora a repressão do Estado, que não surte os efeitos desejados pelas autoridades – reafirmo.