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TRÊS SENADORES NA FAMÍLIA PIRES

O Marechal Firmino Pires Ferreira nasceu em Barras em 1848. Faleceu no Rio de Janeiro em 1930. Sentou praça no posto de cadete, em 11 de janeiro 1865, aos 17 anos de idade, sendo enviado ao campo de batalha, a pedido. Participou ativamente da Guerra do Paraguai. Embora ferido em combate, postou-se com bravura, sendo promovido a tenente. Sobre esse episodio, o então Coronel Deodoro da Fonseca, comandante da 8ª Brigada de Infantaria, diz que lhe “apresentaram três   oficiais do Batalhão de Engenharia tendo um deles, o alferes Pires Ferreira, dado exemplo do mais subido valor, dedicação e entusiasmo, devendo-lhe , e a seus companheiros, a posse de duas das muitas bocas de fogo que o inimigo deixou”. O falecido escritor e acadêmico Monsenhor Chagas – seu melhor biografo, pediu um fuzil e, comandando um destacamento de seis praças de 25° Batalhão de Infantaria e alguns inferiores marinheiros, por mais de duas horas, sustentou e rebateu vigoroso ataque das forças paraguaias. Paralelamente à gloriosa carreira militar, o Marechal Pires Ferreira ingressou na política, sendo eleito deputado federal constituinte em 1891, pelo Piauí, permanecendo na legislatura até 31/12/1893. Elegeu-se senador da República pela primeira vez, em 1894, reelegendo-se em 1903, 1912 e 1927. Foi membro das Comissões de Marinha e Constituição e Justiça do Senado. Chefe do Partido Republicano. Foi, indubitavelmente, a maior expressão política do Piauí durante a República Velha. José Pires Rebelo nasceu em 12 de setembro de 1877 na cidade de Piripiri. Faleceu em 1° de dezembro de 1947, no Rio de Janeiro. Engenheiro Civil pela Escola Potitécnica do Rio de Janeiro, terminando o curso em 1900. Chefe da Comissão de Estudos da Estrada de Ferro Central do Piauí. Em 4 de outubro de 1909, foi eleito intendente municipal de Teresina. Como engenheiro construiu uma estrada de ferro ao longo do rio Itapecuru. Participou da Campanha Civilista liderada pelo candidato Rui Barbosa em oposição ao Marechal Hermes da Fonseca, candidato vitorioso. Na sucessão do governo Anísio de Abreu juntou-se ao grupo oposicionista, do qual faziam parte Antônio Ribeiro Gonçalves e Matias Olimpio. Somente retornou à política piauiense em 1916, engajando-se na campanha do candidato de oposição ao governo do Estado, Eurípides de Aguiar. Com a vitória e posse desse candidato tornou-se favorável o quadro para uma nova candidatura de Pires Rebelo. Assim, em 1918, elegeu-se deputado federal, reelegendo-se no pleito de 1921. Em 1923, com a renuncia do senador Félix Pacheco, para assumir o Ministério das Relações Exteriores, na eleição para esta vaga, foi eleito o então deputado federal Pires Rebelo, assumindo a cadeira no Senado, permanecendo até o ano de 1929. Trabalhou pela candidatura de Getulio Vargas à Presidência da República. A Assembléia Estadual Constituinte do Piauí o elegeu Senador Federal. Assumiu essa cadeira em 1935, permanecendo no cargo até 10 de novembro de 1937, com a dissolução do Congresso Nacional pelo golpe. Em 1945, elaborou um manifesto em que conclamava o povo piauiense a lutar contra o regime de Estado Novo.