VALENÇA E O SANEAMENTO BÁSICO EM ÁGUAS E ESGOTOS E LIXÕES
VALENÇA E O SANEAMENTO BÁSICO EM ÁGUAS E ESGOTOS E LIXÕES
Magno Pires
É muito fácil para os políticos encaminharem (im)prováveis soluções para área de saúde, autorizando a construção de um hospital, embora a sede do município não disponha de um único metro de esgoto levantado do que efetivamente construir o sistema de esgoto sanitário que combate a proliferação de mosquitos que transmitem doenças as mais variadas, que superlotam os hospitais regionais de doentes.
Ademais, as obras do hospital estão às vistas, qualquer pessoa pode ver, adentrar o prédio, internar parentes doentes..., enquanto a obra do esgoto está cravada no chão, encoberta com terra e sem que ninguém possa ver.
Entretanto, os benefícios e resolutividade à sociedade e/ou à população; com a construção do sistema de esgoto sanitário, ainda que invisível, é muito maior que com a edificação do prédio do hospital.
A construção de três eixos (tratamento de água e do esgoto, bem como o lixo) do sistema de saneamento básico em uma cidade reduzem praticamente os índices de doenças transmitidas por muriçocas, ratos, baratas e outros animais e insetos que nascem, crescem, moram... alimentam-se de água impura, esgoto a céu aberto e dos lixos, que não são recolhidos regularmente e/ou lançados nos lixões onde também os urubus e outros seres animais fazem as suas moradas e fontes de sua alimentação.
Erguido o sistema de tratamento de água e a população ingerindo água devidamente tratada; construído o sistema de esgoto, com a construção das estações de tratamento; e, terceiro, tratando devidamente o lixo e os lixões, a cidade que mantém esses três sistemas estará livre das doenças em quase 100% de sua população.
Tomando-se como exemplo a histórica, belíssima e arquitetônica cidade de Valença, você ficará surpreendido porque a sede municipal não dispõe de um só metro de esgoto a protegê-la de várias doenças transmitidas por muriçocas, ratos e baratas, além de outros indivíduos que povoam as cidades, sem tratamento de água, esgoto e lixões e que viabiliza, a proliferação de doenças provocadas por esses animais e insetos.
Por conseguinte, o exemplo de Valença é constranger à sociedade local e aos visitantes, porquanto são 20 mil domicílios que dispõem de vinte mil fossas cépticas, que são também vinte mil focos de doenças encravadas em toda a belíssima sede municipal de Valença.
E uma cidade polo, tendo eleito dois Governadores, Senadores, Vice-governador, um Ministro da Justiça, Presidente do Senado Federal, potencial candidato a Presidente da República, além de deputado estadual e prefeito de Teresina. Falo do ilustre político e advogado Petrônio Portela Nunes, além de Lucídio Portella Nunes, o seu irmão, ex-governador. E Valença, que em seu entorno estão mais 17 municípios todos também sem nenhum metro de esgoto, embora ruas calçadas e asfaltadas, mas sem o esgoto, repito. E precário fornecimento de água potável.
O Instituto de Águas e Esgotos do Piauí – IAE-PI está mantendo contatos com o prefeito de Valença para, liderado pelo prefeito, façamos uma reunião com os demais 17 perfeitos da Microrregião, com os vereadores e demais autoridades municipais e estaduais para promovermos um grandioso evento para tratarmos do saneamento básico em água, esgoto e resíduos sólidos (lixos e lixões) e sensibilizarmos e conscientizarmos a sociedade e as populações desses municípios, relativamente à necessidade e imprescindibilidade de construção desses três eixos do saneamento básico em seus respectivos municípios, embora ação de longo prazo.
Porque teremos que implantar o Novo Marco Legal Regulatório do Saneamento Básico, que contempla o tratamento de água e esgoto e o recolhimento, com tratamento dos lixos e lixões, etc., em todas as cidades do Piauí até 2033.
E os recursos disponíveis à construção desses sistemas advirão do Novo Marco Legal do Saneamento; com a concessão de empréstimos a serem negociados pelo Banco do Brasil, CEF, BNB e BNDES e/ou entidades multilaterais de crédito internacional. Neste sentido, Valença e região, estarão na rota do saneamento básico, com a realização dessa reunião-esclarecimento em agosto/2022.
Magno Pires – Vice-presidente da Academia Piauiense de Letras, Diretor-Geral do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí/IAEPI; Ex-secretário de Administração do Piauí; Ex-Presidente da Fundação CEPRO; Advogado da União (aposentado); Ex-advogado da Cia. Antarctica Paulista, atual AMBEV, por 32 anos; professor e jornalista.