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WILSON E ZÉ FILHO NA SUCESSÃO
Não é mais novidade que a sucessão de 2014 está na rua e é discutida em todos os eventos sociais e encontros políticos do Estado. Evidente que cheia de indagações e ponderações e com repercussões à sucessão de 2018. Por incrível que pareça, justamente por conta do crescimento do PSB e da ascensão crescente e exponencial da liderança do governador Eduardo Campos, de Pernambuco, que tem um verdadeiro efeito dominó em todo o Brasil e nas demais agremiações. É aplaudido e recepcionado pela grande imprensa como o “grande líder.”
E esse forte sentimento político eleitoral se abate no Piauí, também pelo acentuado crescimento do PSB, e da liderança do governador Wilson Martins que vem se consolidando fortemente. Teve, entretanto, no princípio de sua gestão, como governador efetivado no cargo, que resolver sérios problemas herdados do antecessor Wellington do que jamais reclamou. Embora grandes e de difícil resolução porque envolvendo fabulosas somas de recursos. Wilson teve que pagar milhões de reais de contas do ex-governador, as quais fragilizavam não só sua administração, bem como sua liderança.
Contudo, passada essa crise aguda, Wilson equilibrou financeiramente o Estado, concluiu várias obras e agora vem anunciando o lançamento de projetos estruturantes na economia do Piauí como o Rodoanel, Adutora do Gurgueia, trevos rodoviários, estradas e inicio da construção da Transcerrados. Onde pretende deixar concluída 100 km asfaltados. Os recursos já estão no Caixa. Com esse fantástico leque de obras anunciadas, o governador prepara a sua sucessão e o seu sucessor. Não será uma tarefa fácil. Mas nunca foi para nenhum governador. Todos têm dificuldades. E as arestas também subsistem. Justamente porque sucedido não manda no sucessor.
A indagação primordial nesse problema: o governador Wilson é candidato a senador? Eu creio que será. Aí o vice, José Filho, assume constitucionalmente. E vai preparar sua eleição investido no cargo de Chefe do Executivo. E Wilson, como fez com Wellington, deverá apoiar a sua candidatura, embora Átila Lira, Secretário de Educação, tenha intenções de concorrer com o apoio do PSB numa condição muito natural. Porque é a mais forte agremiação política do Estado, com 53 prefeitos eleitos no último pleito. Entretanto, Wilson não se desincompatibilizando, a história será outra.
PSB, PMDB, PT, PSDB, PP e PTB todos têm eventuais candidatos que almejam o governo do Estado. O senador Wellington Dias (PT) quer retornar ao governo. O partido tem capilaridade, mas a tradição da política piauiense não lhe favorece. Dificilmente ex-governador consegue retornar ao cargo. Apenas Alberto Silva conseguiu esse feito, mas numa época em que o pais vivenciava uma excepcionalidade política, com uma ditadura.
O PSDB, embora com eleição vitoriosa do pleito em Teresina, não tem candidato viável, mesmo sendo o ex-Prefeito Sílvio Mendes. Não tem dimensão política estadual, embora com bom desempenho na capital – o maior colégio eleitoral do Piauí.
O PP e PTB, mesmo com os senadores Ciro e João Vicente, respectivamente, não têm capilaridade eleitoral para enfrentar um pleito majoritário. O senador João Vicente vem de uma derrota clamorosa ao governo. E são da base do governo. Portanto, restam José Filho e Átila, respectivamente, PMDB e PSB. Esses dois partidos estarão nos debates políticos diários até 2014.
A tendência, entretanto, é haver um forte acordo político às eleições majoritárias de 2014, com José Filho sendo ungido, e os demais partidos indicando o vice. Porque não creio que Wellington e João Vicente, assim como Ciro, pretendam enfrentar um candidato a governador investido nas funções de Chefe do Executivo.
E a oposição, certamente, com Firmino Filho, Heráclito Fortes, Hugo Napoleão, Sílvio Mendes, Mão Santa não dispõem de condições técnicas, políticas e financeiras para enfrentar o situacionismo, embora este mesmo governismo tendo sido derrotado na eleição para prefeito de Teresina, com um concorrente que tinha a marca do Armazém Paraíba, por isso também derrotado. O jeito mesmo, diante desse quadro com tantos ex-governadores e homens públicos com relevantes serviços prestados ao Piauí, o governador Wilson Martins apoiará José Filho e preparará sua eleição para o Senado porque este será o rumo e o Norte das eleições de 2014. Zé Filho será reeleito, porém, Wilson será o maior cabo-eleitoral de sua candidatura.