Embora as pesquisas eleitorais para governador do Estado às eleições de outubro projetem uma maioria para o ex-prefeito de Teresina, médico Sílvio Mendes (PSDB), para o senador João Vicente Claudino (PTB), e coloquem o governador Wilson Martins (PSB) em terceiro lugar na corrida, praticamente empatado com João Vicente, Wilson será vitorioso no certame. As pesquisas refletem um contexto momentâneo do evento. Mas, mesmo sendo arriscado afirmar-se o resultado num cenário em que três bons concorrentes disputam o jogo, parece pretensiosa, a garantia de que o último logrará êxito. Não há, porém, cabotinismo, tampouco veleidade, em nossa assertiva. Menos ainda, aulicismo partidário pro Wilson. Não dependo de qualquer condição política e financeira, mas optei pela candidatura do Governador desde o primeiro momento.
     As forças políticas do Estado sofreram grandes mudanças desde 1994. O paradigma político foi profundamente alterado. A forte liderança de então, era o ex-prefeito de Parnaíba e atual senador Mão Santa (PSC). Ele, muito mais que Alberto Silva, escreveu uma nova página da história na política piauiense, derrotando o atual deputado Átila Lira (então PFL), que detinha 67% nas pesquisas, a maioria dos prefeitos, das lideranças políticas, enquanto Mão Santa patinava em 4% das intenções de voto; e 4 prefeitos, apenas.
     O senador Mão Santa, quando estava no PMDB, foi responsável pela vitória de Wellington Dias (PT) em 2002, no primeiro mandato, tendo logrado a reeleição (2006-2010), quando detonara o próprio senador parnaíbano.
     Wellington governou o Piauí num processo reeletivo de 2006/2010, mas ainda sob as mudanças iniciadas e promovidas pelo Mão Santa em 1994. Wilson Martins foi escolhido vice porque Mão Santa não aceitou que Adalgisa compusesse a chapa com Wellington Dias.
     E o ex-governador Mão Santa teve o seu mandato cassado em 2001 pelo TSE, numa armadilha que envolveu o PFL, o PP, segmentos do PMDB, sob a liderança de Hugo Napoleão(PFL) e do senador Heráclito Fortes (PFL). Afastado Mão Santa do governo, assume o líder Hugo Napoleão, para um mandato tampão. No cargo, postula a reeleição, entretanto, foi derrotado por Wellington Dias, com o apoio do senador Mão Santa.
     A sociedade não aceita usurpação de poder, especialmente se de líderes populares. Wilson Martins (PSB) não solapou o poder de ninguém. Lutou bravo e legitimamente para ser o candidato da base governista e de Wellington; pelegeu dentro de regras claras e objetivas, sem enganar os demais e ao próprio governador. Era, ainda é, o melhor candidato para o povo piauiense. E a sua situação nada tem haver com a de Hugo em 2002, quando tomou o mandato de Mão Santa. Ou não guarda nenhuma semelhança com a de Mão Santa e Hugo.
     Wilson, portanto, mais que os outros concorrentes, representa os segmentos sociais, econômicos e políticos do Estado, sendo filho do interior, de uma aldeia longínqua da capital, refletindo os sentimentos e as necessidades das inúmeras famílias piauienses.
     Ademais, muito mais que Sílvio e João Vicente, Wilson conhece os problemas, as necessidades e peculiaridades da situação sócio-econômica do Estado, porque como vice-governador, teve uma visão abrangente e global dos problemas, além da intimidade e da convivência com todos, elementos que fortalecem a vitória da sua reeleição.