A CONDENAÇÃO DE LULA TRARÁ ALTERAÇÕES NA REELEIÇÃO GOVERNISTA
A CONDENAÇÃO DE LULA TRARÁ ALTERAÇÕES NA REELEIÇÃO GOVERNISTA
Magno Pires
Com a confirmação da condenação do ex-presidente Lula pelo Supremo Tribunal Federal – STF, em 5/4/2018, pelo placar de 6x5, haverá uma alteração na política brasileira, com repercussão na sucessão nacional e na de todos os estados-membros; inclusive na do Piauí, com a reeleição do Governador Wellington Dias (PT), embora seja o maior líder popular do Piauí.
O Governador agora dependerá muito mais do Senador Ciro Nogueira (Progressistas) e de todo o seu grupo. Com a condenação do ex-presidente, embora ainda sua grande e invulgar popularidade, a tendência é de reversão desse poder popular, com queda do poder do líder nas pesquisas eleitorais para presidente da suposta esquerda e a ascensão da suposta direita. Restará, entretanto, ainda ao ex-presidente forte base popular, porém, sem a exuberância do passado. A condenação, quer queiram ou não os seus mais açodados seguidores, lhe imporá forte queda na popularidade, mesmo nas camadas mais frágeis economicamente e que se identificam fortemente com o ideário do presidente.
No quadro político do Estado o Governador é protagonista; formou uma enorme aliança com várias agremiações; lidera essa coligação majoritariamente; a maioria dos componentes da Assembleia Legislativa está com o Governador; o deputado Themístocles Filho (PMDB) que quer ser o Vice de Wellington, lidera os deputados e os trouxe para a base governista.
Com o julgamento do STF desfavorável ao ex-presidente, o petismo no Estado também terá queda.
Evidente que a prisão do ex-presidente, após o dia dez de abril, trará politicamente substanciais prejuízos à reeleição. E deverá haver alterações profundas para reaparelhar uma nova composição à reeleição. Porque haverá defecções na base aliada governista.
Esse julgamento, com a posterior condenação, terá profundos reflexos negativos e/ou desfavoráveis a todos às alianças já montadas com o PT.
A preponderância da liderança do maior líder político popular do Brasil da atualidade era uma referência antes do julgamento condenatório. Agora, essa exuberância, vai esvaziar-se, porém, jamais ao ponto de ser extinta. O PT não é o então PFL, que extinguiu-se inexoravelmente. O ex-PFL, atual Dem, não tinha militância. Esta, no PT, é muito forte; e continuará, embora estagnado, porque Lula não tem substituto. O partido vivia em torno de Lula e de sua ímpar liderança. Sua capacidade de galvanizar as massas populares lhe é muito peculiar e sem concorrente no País.
Por conseguinte, com a sentença condenatória do ex-presidente o quadro político nacional, regional e do Piauí sofrerá profunda reversão e mudança; todos os partidos farão revisão de suas alianças, com montagem de outras, com menor referência à liderança de Lula e do PT. E pode aguardar as modificações da coligação governista do Estado.
Magno Pires é membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, ex-consultor jurídico empresarial da Companhia Antactica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 100.240.200 acessos em 8 anos e quatro meses, e-mail: [email protected].