A SUCESSÃO DE 2014 ESTÁ NA RUA.
Nenhum líder político conseguirá estancar a marcha da sucessão de 2014, que está na rua; não só a nível estadual, assim como a reeleição nacional. Dilma foi a Lula e obteve deste a promessa de que não será postulante. E reafirmou que a apoiará. Era o que a presidenta petista queria. Lula lhe preocupava, com os seus movimentos. Pois, dizia que ia viajar pelo Brasil para visitar os assentamentos implantados nos seus governos, bem como as suas principais obras. Mas, a conversa mantida na visita de Dilma a São Paulo foi suficiente para o ex-presidente aquietar-se. Contudo, sabendo do ímpeto e da conduta irreconciliável e inquieta do ex-presidente, ela guarda uma carta na manga, para lançar caso ele não cumpra o acordo: lançará Lula como candidato ao Governo de São Paulo para se contrapor à sua intenção e enfrentar o tucanato que é forte em São Paulo.
Assim como a reeleição nacional, a sucessão no Estado do Piauí toma corpo e espaços e cresce assustadoramente. Alguns líderes estão insatisfeitos com a movimentação política e querem fustigar agora os prováveis adversários de 2014. Ciro (PP), insatisfeito com o Governador Wilson Martins, deixa a base aliada, mas flexibiliza ressalvando, porém, que poderá ajudar a administração estadual, mesmo que saindo da base. E não quer mais cargos. Contudo, alia-se com o outro descontente – senador João Vicente Claudino (PTB) – para certamente formar um grupo político autônomo adversário a Wilson Martins. E está correto o rumo. Justamente porque Ciro e João Vicente estão dialogando com o médico Sílvio Mendes (PSDB), derrotado por Wilson em 2010. E tudo indica serem irreconciliáveis politicamente. Os senadores Ciro e João Claudino, assim como Sílvio Mendes estão de olho em 2014. Não creio, entretanto, que estejam analisando a gestão Wilson Martins por que isso não dá voto; tampouco rende algo em termos políticos. Eles estão discutindo, com absoluta convicção, é o futuro quadro político do Piauí, com a provável hipótese de desincompatibilização do Governador para concorrer ao Senado. Eles todos sabem que, sem Wilson no Palácio Karnak, as coisas se tornarão mais fáceis à oposição. Embora Zé Filho não abra mão com facilidade do seu direito de ser eventual candidato a governador. Certamente até mesmo sem a desincompatibilização do Chefe do Executivo Estadual. O PMDB, embora aliado de Wilson Martins, concorre com o outro aliado Wellington Dias que também está viajando para visitar lideranças e sensibilizar eleitores à sua marcha para o Palácio karnak. Não descola de Wilson.
Os encontros políticos e a reconciliação de Ciro, João Vicente e Sílvio Mendes, após os entreveros da eleição estadual de 2010, formatam, embora muito distante do evento eleitoral de 2014, o que poderá acontecer no jogo político partidário até lá. O PSD, com os deputados federais Julio Cesar e Hugo Napoleão, além do deputado Ferreira Neto, agora integram o quadro político-administrativo de Wilson Martins.
Esse jogo político que, ao mesmo tempo, desarticula e unifica os laços eleitorais presentes e projeta um futuro imprevisível, porém, materializável com provável sequência de longo prazo. .
Magno Pires