A SUCESSÃO DE 2022 E O MDB NA DISPUTA MAJORITÁRIA – (I)
A SUCESSÃO DE 2022 E O MDB NA DISPUTA MAJORITÁRIA – (I)
Magno Pires
O MDB tem um defeito político estrutural. E parece fazer parte do seu DNA. Os seus líderes, especialmente do Piauí, têm receio do risco político. Embora na disputa eleitoral o eventual candidato concorra para ganhar e/ou perder o pleito. Essa conotação integra qualquer eleição.
Entretanto, o então PMDB, em 1986, sob liderança do presidente Sarney, elegeu a maioria dos Governadores dos Estados. Contudo, d’aquele ano para os dias atuais, o partido vem lutando para ser apenas Vice como Michel Temer, de Dilma Rousseff, sob a forte liderança popular do ex-presidente Lula (PT). No entanto, com o impeachment da ex-presidente, assume o poder da união Federal.
Michel Temer tentou, porém, ensaiar sua reeleição, após impeachment, entretanto as pesquisas lhe eram sacrificadoras. Os índices de aceitação popular eram praticamente zero; embora injustos, conquanto foi um presidente que tomou várias medidas e ações em prol do País. Inclusive retirando-o parcialmente da brutal recessão; baixou a inflação e os juros; e os índices dedesemprego refluíram. Criou expectativas favoráveis quanto aos fundamentos econômicos, possibilitando forte clima em benefício do desenvolvimento econômico sustentável duradouro.
O presidente Bolsonaro recebera de Michel Temer um país organizado, embora com um déficit público muito alto por conta das mazelas e das desorganizações nas contas públicas ocorridas na gestão Dilma.
Feitas essas considerações acima, voltemos à temática deste artigo: a sucessão de 2022 e o MDB... A agremiação continua com forte capilaridade em todo o Piauí. É um partido de enorme aceitação popular. Tem maioria legislativa na Assembleia. E acaba de reeleger o deputado estadual Temístocles Filho (MDB) para presidente da Assembleia pela oitava vez. Ainda detém em seus quadros um senador, um deputado federal e seis deputados estaduais. Contudo, elegeu apenas três ou quatro prefeitos. E o Vice prefeito de Teresina é seu filiado. Possui, ainda nos seus quadros, dois ex-ministros: Marcelo Castro, Ministro da Saúde de Dilma; João Henrique Souza, ex-Ministro dos Transportes de FHC, presidente da EBCT e atual presidente do SEBRAE. O atual deputado estadual Henrique Pires, ex-presidente da FUNASA, Secretário Nacional de Saneamento Básico do Ministério da Saúde e Secretário Nacional de Infraestrutura Turística do Ministério de Turismo. Nenhum outro partido tem tantos filiados que desempenharam relevantes cargos na gestão Federal em quatro presidências e em um único Estado.
Atualmente, o MDB é coligado do PT e outros partidos de apoio ao Governo do Estado. Essa parceria já vem de outras eleições. O PT sempre indicando o candidato a Governador, Wellington Dias, que pela 4ª vez é reeleito.
E, nas eleições de 2018, o PT, sob a forte liderança popular de Wellington Dias, indica a ex-Senadora Regina Souza (PT) para Vice. E com a vitória da coligação governista, a petista Regina Sousa tornou-se a mais viável candidata do PT ao cargo de Governador em 2022. Enquanto Wellington, com certeza, se desincompatibilizará para concorrer ao Senado Federal com eleição assegurada.
Magno Pires é Membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário de Administração do Piauí, Advogado da União (aposentado), jornalista, administrador de empresas, ex-consultor jurídico da Companhia Antactica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 115.082.417 acessos em 9 anos e cinco meses. e-mail: [email protected].