Política

A SUCESSÃO ESTADUAL DE 22 – (II)

A SUCESSÃO ESTADUAL DE 22 – (II)

A SUCESSÃO ESTADUAL DE 22 – (II)

Magno Pires

 

            Pode parecer extemporâneo escrever sobre a sucessão estadual de 22, mas não o é. Enquanto até a de 2026, também já está sendo discutida por líderes políticos de alguns partidos; especialmente as grandes agremiações, que tem perdido poder, dimensão, espaço e muito fôlego no eleitorado.

            Os fenômenos PSL e a eleição vitoriosa do presidente Bolsonaro, ambos imprevisíveis politicamente, mas que se concretizaram, revolucionam e modificam os rumos da gestão, da política, da economia, dos negócios, das finanças no Brasil.

O cenário brasileiro, queiram ou não as esquerdas e a direita ortodoxa, é necessariamente outro a partir da eleição consagradora do Presidente, depois da posse e agora com um gerenciamento diferente das questões nacionais em todos os setores.

Houve, e está se registrando mais ainda, uma alteração profícua na condução das questões nacionais, embora a descrença e o pessimismo, ainda permeiam alguns quadros reticentes às mudanças, posto que ainda apegados às condutas deletarias do passado, sob  a direção das grandes agremiações: PT, MDB, PSDB, PT, PP, PTB etc. O Brasil continua sendo governado por uma coalizão partidária, entretanto, o PSL e o presidente Bolsonaro, notadamente este, é quem conduz a administração geral do País. O capitão presidente Bolsonaro não abre mão dessa prerrogativa constitucional. Ainda que esta centralização tenha gerado alguns problemas graves, porém, o ministro da economia, economista Paulo Guedes, tem plenos poderes para agir, bem assim o ministro da Justiça, Sérgio Moro, além do ministro da Infraestrutura, os três melhores quadros de gestão.

O País está avançando. A contestação das oposições a essa realidade crível é puro saudosismo do petismo e de outros partidos da esquerda insatisfeitos.

É, dentro desse cenário acima, que as sucessões de 22 e 26 no Piauí deverão realizar-se.

O petismo foi plenipotenciário e majoritário até a eleição de 2018, com um líder forte e carismático como Wellington Dias que conduzia o processo eleitoral. Entretanto, também recebeu o apoio e a influência do presidente Lula e da presidente Dilma nos eventos eleitorais e reeleitorais que participara no passado. Nas eleições de 22 e 26 não haverá mais esse apoiamento e o presidente Bolsonaro é adversário das esquerdas no Piauí e no Brasil. Isso fragiliza o PT, mas Wellington Dias terá poder para se eleger Senador em 22 e ainda ajudar o PT e as coligações em torno, porque tem popularidade, contudo, jamais preponderantemente como no passado, porém, é o mais influente quadro do petismo no Piauí, sem substituto.

A eleição de 22 ainda terá forte apoio do petismo. Justamente porque a Vice-governadora Regina Souza, dona do cofre e como petista e fidelíssima a Wellington, conduzirá o processo, embora sem carisma e pouco voto, porém, contará com a máquina infernal do PT, com sua grande militância, capaz de destruir adversários, inviabilizando-os, como acontecera com o ex-governador Wilson Martins (PSB) e com Sílvio Mendes e Marcelo Castro.

Se a coligação que elegera Regina e Wellington em 2018 permanecer consolidada, consequentemente, sem dissidências, a sucessão de 22 será uma tranquilidade porque as oposições não existem no Piauí. E são incapazes de derrotarem o esquema governista que conta com PT, MDB, PP, PTB, PDB,  PC do B, PTR e outros partidos... E o petismo, com Regina, será vitorioso.

No entanto, o problema a ser solucionado nessa sucessão de 22, é que o grande líder e senador Ciro Nogueira (PP) que quer ser candidato ao Poder Executivo e/ou indicar um nome do PP. E o MDB quer consagrar também o senador Marcelo Castro como eventual postulante à Chefia do Executivo.

O PP e o MDB, ambos com senadores eleitos na coligação, têm o direito de postular o posto do Executivo, mas será, então, que o PT, abrirá mão para apoiar Marcelo e/ou Ciro? esta é a interrogação às eleições de 22 e 26 ao governismo piauiense; todavia, vitoriosa em 22 a de 2026 estará assegurada.

 

 

Magno Pires é Membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, Advogado da União (aposentado), jornalista, administrador de empresas, ex-consultor jurídico da Companhia Antactica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 120.900.118 acessos em 9 anos e onze meses. e-mail: [email protected].