ANALISE DA MAIS CONFUSA DAS SUCESSÕES (I)
O ex-governador Wilson Martins (PSB), ouvindo os seus liderados, na sede do seu comitê, tomou a mais sensata das decisões políticas, aliando-se ao PMDB do governador Zé Filho e apoiando a sua reeleição à Chefia do Poder Executivo, após a renuncia do peemedebista Marcelo Castro de disputar a majoritária para governador do Estado. Wilson Martins disputará o cargo eletivo de Senador da República e deverá ser eleito.
Antes da renuncia do senador João Vicente Claudino (PTB) já era o favorito, conforme as pesquisas eleitorais. Agora, poderá encomendar o terno porque meteram o meu amigo Elmano Ferrer numa fria. Como candidato a deputado estadual tinha cadeira assegurada na Assembleia Legislativa. Mas, como postulante ao Senado, dificilmente conseguirá suplantar Wilson Martins, embora os apoios que receberá do ex-governador e senador Wellington Dias (PT), do senador Ciro Nogueira (PP), do senador João Vicente Claudino e o embasamento político e financeiro do Grupo Claudino – maior complexo empresarial do Piauí, do Nordeste e um dos maiores do Brasil, com raio de ação em todo o País, com patrimônio estimado em 6 bilhões de reais.Elmano não deixará de ser eleito por falta de apoio politico e financeiro, entretanto, por carência de voto suficiente à sua eleição. É profundamente lamentável. A Assembleia vai perder um ótimo deputado. E o Brasil não ganhará um senador. Votei no meu amigo Elmano para prefeito de Teresina, contudo, não posso fazer a mesma coisa em outubro.
O prefeito Firmino Filho (PSDB) disse em (18.06) que o PSDB vai insistir na candidatura própria do ex-prefeito Sílvio Mendes a governador do Estado nas eleições de 2014, mas admitiu dificuldades para viabilizá-la. Pode insistir, deixar para anunciar na undécima hora, deixar de apoiar Zé Filho, não chegará a lugar algum. Pois, o PSDB só galgará a Chefia do Poder Executivo do Piauí se for aliado ao PMDB ou através de um arco de alianças.
Os tucanos só tem densidade eleitoral em Teresina. Por isso, terá que submeter-se às regras partidárias do PMDB, com indicação do vice governador, para ser governador três anos e seis meses depois e disputar uma reeleição com o apoio de Zé Filho e o PMDB. Será escada com o apoio de Zé Filho e o PMDB, ou não disputará (ou disputará) para perder.
A presidente do PT, Regina Sousa, descarta o PSDB: “não há conversa”. Os tucanos estão num beco sem saída. O PT e o PSDB conversam, mas fica apenas nesse dialogo e permanecerá nesse diapasão porque o PT já compôs sua chapa, inclusive com uma mulher na vice, deputada Margarete Coelho, e dificilmente será desmontada para agasalhar algum tucano. Ademais, o PT tem candidato a presidente da Republica não podendo apoiar Aécio Neves.
O ex-prefeito Sílvio Mendes anunciou recentemente que o PSDB não tem condições de bancar uma candidatura ao governo do estado. Portanto, dificilmente o prefeito Firmino Filho conseguirá do ex-prefeito Sílvio Mendes algo nesse sentido. Silvio está correto em sua posição política. Os tucanos apenas saberão quantos votos terão para governador do Estado. Alias, eles já sabem disso, Silvio foi candidato, concorrendo com Wilson Martins, e perdeu a eleição no 2º turno.
Magno Pires é membro da Academia Piauiense de Letras – APL, Advogado a União (Aposentado)
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