Política
BLOCÃO PARA 2014
BLOCÃO PARA 2014
O ex-prefeito de Teresina, médico Sílvio Mendes, poderá se desfilar do PSDB e compor outra sigla política, o que enfraquecerá muito o tucanato. Parece que Sílvio e Firmino não conseguem conviver sob o mesmo teto partidário. O tucano poderá ingressar no PP do senador Ciro Nogueira. Contudo, esse partido não tem o seu perfil. É uma agremiação muito conservadora e familiar, o que deverá prejudicar o ex-prefeito politicamente. A verdade, entretanto, é que Sílvio levará para o partido que se filiar uma grande quantidade de votos e enriquecerá substancialmente o seu destino partidário.
Além de Sílvio Mendes, deverão formar o blocão às eleições de 2014, o PTB e o PP, respectivamente, João Vicente Claudino e Ciro Nogueira. E, provavelmente, PSD, DEM e PSC, com os ex-senadores Hugo Napoleão, Heráclito Fortes e Mão Santa. O prefeito Firmino Filho tem o DEM com o ex –senador, Heráclito, que indicou o vice, além de alguns partidos nanicos. O PSC, do ex-governador Mão Santa, apoiou Firmino e também permanecerá vinculado politicamente ao prefeito, embora auxiliado pelo Governador Wilson Martins (PSB) na sua eleição à prefeitura de Parnaíba onde foi derrotado.
As intenções do governador Wilson Martins no PSD e no PTB, nomeando deputados dessas agremiações para Secretário de Estado, põe mais fogo à fogueira do clube político e fragiliza a liderança de João Vicente (PTB), de Ciro (PP) e os partidos. Justamente porque esses partidos ficam esfacelados, embora o núcleo central partidário permaneça fora da administração Wilson Martins. O PSD tem nos seus quadros o ex-senador, ex-governador, ex-ministro e atualmente deputado federal Hugo Napoleão. O deputado federal Júlio César é também do PSD.
Esse blocão das oposições às eleições de 2014, terá o mesmo destino do formado em 2012 para enfrentar Firmino, tendo sido derrotado fragorosamente pelo tucano. A liderança de Wilson é muito forte e se consolida mais ainda na sociedade. A tendência do tucano prefeito de Teresina é compartilhar os eventos de 2014 com o governador Wilson. Certamente compondo uma aliança do PSB e PSDB, com os líderes Eduardo Campos e Aécio Neves, o que, a princípio, não vejo como saudável ao PSB porque o tucanato vive um processo de desintegração, com a iminente saída de José Serra.
Com ou sem blocão, o certo é que 2014 está se emoldurando rapidamente com os movimentos políticos do vice-governador Zé Filho (PMDB), do senador Ciro (PP), de João Vicente (PTB), de Wellington Dias (PT), de Firmino (PSDB) e do governador Wilson Martins. Estão mais fortes nas suas pré-candidaturas Zé Filho, Wellington, Sílvio e o governador com o processo de cooptação de políticos à sua base eleitoral, com intervenções em outras agremiações, com o fortalecimento do PSB. Com a provável desincompatibilização de Wilson, assumirá o vice-governador, que será vitorioso, mesmo que o blocão tenha na sua composição o ex-governador Wellington Dias. Contudo, se Wilson permanecer no cargo, o PSB terá candidato, provavelmente o deputado Wilson Brandão, e derrotará todos os demais juntos, ainda que aliados no blocão. Governador candidato, disputando eleição, é osso duro de roer, isto é, de derrotar. O deputado federal Átila Lira é outro excelente reserva do PSB à sucessão do governador.
Os lideres Mão Santa, Heráclito Fortes e Sílvio Mendes estão todos sem mandatos eletivos. Embora, também todos, com muita popularidade e capilaridade eleitoral. E, para onde forem, levarão muito voto e prestígio popular. A sucessão está na rua.
Magno Pires é advogado e Membro da Academia Piauiense de Letras – APL.