Política

CENÁRIO À SUCESSÃO ESTADUAL DE 2018 (II)

  Se o PMDB é um partido político conservador, os seus deputados e filiados são muitos mais.  Está faltando um líder com capilaridade estadual e apelo popular. Certamente como o ex-governador Alberto Silva, embora originário da ARENA, deu forte poder ao partido; e o também ex-governador Mão Santa, oriundo do PP, elegeu-se e reelegeu-se governador; e foi vitorioso para o Senado Federal. Essa deficiência, poderá atrapalhar as intenções do PMDB e de seus lideres à sucessão de 2018. Justamente porque o atual governador Wellington Dias tem forte adesão popular. E derrotá-lo será uma tarefa difícil, embora o PT esteja em declínio político pelo desgaste de ser governo por vários anos. Entretanto, Lula é o maior líder político do Brasil.

         O PT é aliado do PP. A vice-governadora é filiada a esse partido. Além disso tem um senador. O PSB está em queda: a morte de Eduardo Campos e a derrota de Wilson Martins ao senado enfraqueceram-no. O PSDB está na oposição, mas conversa firmemente com o PT, o governador e alguns deputados desse partido. O PSDB foi aliado do PSB na última eleição, indicando o vice-governador, médico Sílvio Mendes.

O deputado Federal Marcelo Castro (PMDB) conversa com Themistocles, enfim com todos. Ambos se entendem com as elites políticos, empresariais, culturais... Eles não têm dificuldades; todavia falta-lhes angariar o embasamento popular; entenderem-se com o povo; como os ex-governadores Alberto Silva e Mão Santa. O governador Wellington Dias, a exemplo de Mão Santa e Alberto, é o único que detém esse privilégio no cenário político do Estado presentemente.

PMDB, PT, PSB, PP e PSDB, especialmente PMDB, PT, PP serão os partidos mais referenciados à sucessão de 2018, com relevância para o PMDB e PT, por conta da indicação de Marcelo Castro para o Ministério da Saúde. PSB e PSDB poderão andar juntos, não se descartando uma aliança com o PMDB. O PP deverá continuar aliado do PT. Dificilmente o Partido Progressista se desgrudará do PT.

Os demais partidos, inclusive PSD, PDT e PC do B, tomarão as suas decisões e rumos à sucessão de 2018, dentro desse cenário aqui relatado. Nenhum se decidirá sem ouvir Wellington (PT), PMDB, PSB(Wilson) e PSDB (Firmino). Essas agremiações e seus lideres detém mais poder político, embora todos com desgaste diante da sociedade, precisando recuperá-lo.

Magno Pires é advogado da União (aposentado), Membro da Academia Piauiense de Letras – APL, Ex Secretario de Administração de Estado do Piauí.

E-mail: [email protected]

Portal: www.magnopires.com.br (58.011.258  acessos em 74 meses)