CENÁRIO À SUCESSÃO ESTADUAL DE 2018 (III)
Alguns deputados, lideres políticos e prefeitos acham que a população é imbecilizada. Todos discutem a sucessão municipal de 2016, com o olho vidrado em 2018. E fazem acordos políticos com vigência e validade para a sucessão estadual. É assim na capital teresinense, bem como em todos os municípios. Mas, muitos preferem dissimular, pensando em enganar o eleitor e a sociedade. A vantagem para o sistema político, para o eleitorado e a sociedade é que muitos desses acordos caducam e/ou são descumpridos na eleição, com esses três agentes tomando rumos diferentes. E sepultando essa vilania dos lideres. Essa desfaçatez (ou cinismo) desses políticos, embora sem limite, com tempo o eleitorado percebe e decide trabalhar outro cenário, ainda que movido pela emoção, mas na convicção de que tomara outro horizonte mais adequado aos seus planos, objetivos e interesses. É melhor para sistema político.
Outra grande vantagem, decidindo-se o eleitorado e a sociedade por outra modelagem, darão fortes provas de maturidade e independência política, demonstrando a esses falsos lideres, sempre enganadores, que não se submeteram harmonicamente às suas decisões e acordos.
Outra (des)vantagem que fortalece o sentido político, filosófico, ideológico, sociológico, antropológico dessa mudança é o Piauí ter apenas um líder político com densidade e popularidade de amplitude estadual. O atual governador Wellington Dias, que com o ex-governador Chagas Rodrigues e os ex-governadores Alberto Silva e Mão Santa, são os únicos políticos, desde a década 50/60, que detém ou possuem estreita sintonia com a sociedade e o eleitorado piauienses. Justamente por isso, o governador Wellington Dias governa com tranqüilidade porque não tem um adversário com o seu mesmo nível de adesão popular.
O PSDB e o PDT, especialmente este partido, com o deputado Robert Rios, ensaiam oposição, mas o deputado federal Flavio Nogueira e o seu filho deputado, também filiados ao PDT, são aliados do governador; portanto, o deputado Robert Rios peleja no oposicionismo, por isso, ficará dificílimo fazer oposição ao governador do PT e desbanca-lo do Palácio de Karnak em 2018, ainda que PMDB, PTB, PSDB, Robert Rios e PSB aliem-se para derrotar Wellington que será reeleito em 2018.
Magno Pires é advogado da União (aposentado), Membro da Academia Piauiense de Letras – APL, Ex Secretario de Administração de Estado do Piauí.
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