Política

CENÁRIO Á SUCESSÃO ESTADUAL DE 2018 (IV)

         As agremiações coligadas ao governo e as que lhe fazem oposição, ainda terão que obedecer e tolerar a sua governança(de Wellington Dias) no Poder Executivo até 2018. Dificilmente surgirá um competidor a altura de desbancá-lo na próxima eleição estadual.

         O PMDB, PSB e o PSDB, as maiores legendas do Piauí, ainda que aliadas, numa antevisão prospectiva, dificilmente conseguirão impor-lhe uma derrota. O PTB, PDT, PP, PDS e outros partidos estão no guarda-chuva do governismo com secretários, cargos comissionados, obras e outras benesses políticas.

         E desse quadro político da assembléia e das prefeituras não surgirá um líder para competir com o governador Wellington nesse pequeno percurso de tempo. Contudo, jamais terá a liderança popular desses políticos nominados: Wellington Dias, Chagas Rodrigues, Alberto Silva e Mão Santa. Nenhum político do Piauí tem a liderança popular desses (ou terá) a projeção deles.

         Alias, para que ninguém entenda que descrimino o ex-governador e ex-senador Petrônio Portela, ressalto que Portela não tinha forte adesão popular no Piauí. Conversava apenas com lideres, as elites, deputados e prefeitos, não tinha vontade de dialogar com os grupos sociais e as camadas sociais mais necessitadas. Era um líder nacional, porem, não mantinha relações fortes e acentuadas com a sociedade de um modo geral, inclusive no Piauí. O seu grande competidor e adversário era Chagas Rodrigues, que o suplantava nessa liderança e interação com a sociedade. E distante de acordos com as elites. Justamente, por isso, também o movimento militar de 1964 cassou o seu mandato e os seus direitos políticos.

         Mormente, apenas o atual governador Wellington Dias detém forte densidade eleitoral popular no Estado. E o único opositor ao governismo é o deputado Robert Rios. Embora o declínio do PT, por conta de ser governo da União por 13 anos e os reflexos do Mensalão e do Petrolão, esse partido continua o preferido das camadas sociais mais fragilizadas do Pais, que concentra a maioria da população e que vota exclusivamente no PT.

Magno Pires é advogado da União (aposentado), Membro da Academia Piauiense de Letras – APL, Ex Secretario de Administração de Estado do Piauí.

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