Política

COLIGADOS E EX DO PSB E PMDB

 

         Magno Pires

         O PSB e mais o PMDB, PT, PP e PTB, além do PC do B e do PDT estiveram todos coligados na eleição e reeleição ao governo do Estado de Wellington Dias e de Wilson Martins. E foram responsáveis, também, pelas vitorias ao Senado de Wellington Dias, Ciro Nogueira e João Vicente. Mas, com a reeleição do Governador Wilson Martins (PSB) e sua administração começaram a surgir os problemas não só políticos, porém, também administrativos, porque a “Gestão de Resultados” do PSB impunha novo paradigma político e administrativo nas finanças e na administração propriamente dita, o que não foi nem sequer tolerado pelo PT, PP e PTB. Por isso, retiraram-se da coligação e do governo e montaram um grupo em contraposição política ao PSB, especialmente ao governador Wilson Martins, e devem enfrentá-lo ardorosamente no evento eleitoral de 2014. Deverá ser o vidraça política da oposição no próximo ano. Mas, ainda assim, será eleito senador com o dobro dos votos do seu concorrente.

         Entretanto, não somente esses três partidos rejeitam a “Gestão de Resultados” do PSB. Os demais partidos da junção política, quais sejam PMDB, PDT e PC do B também nem sequer toleram os controles, notadamente financeiros, impostos pelo Chefe do Executivo, para poder corrigir rumos, adotar metodologia administrativa própria, manter a Folha de Pagamento atualizada, pagar R$ 1,2 bilhão de débitos da gestão Wellington Dias e fazer o mínimo em investimentos, além de negociar a dívida do Estado em condições de propiciar mais investimentos e tentar concluir 148 obras inclusas da gestão de Wellington. Contudo, PMDB, PDT e PC do B permanecem ao lado de Wilson Martins não se sabendo até quando. Provavelmente, até o prazo da desincompatibilização do governador para se candidatar ao Senado da República.

         O PMDB, que assumirá a governança do Estado com o vice-governador Antônio José de Moraes Sousa Filho, popularmente conhecido como Zé Filho, deverá permanecer ao lado de Wilson Martins porque, mesmo deixando a Chefia do Executivo, terá uma multidão de votos, de serviços prestados, maior número de prefeitos e vereadores e um partido muito forte, embora rompido com o PT e também com Dilma e Lula. E apoiando o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à Presidência da República, o que lhe dará também muito voto e a liderança no Piauí.

         O PMDB e o PSB, juntamente com o PSDB, representando o prefeito de Teresina, Firmino Filho e Sílvio Mendes, ex-prefeito da capital, sendo este o vice de Zé Filho, deverão enfrentar os três senadores Wellington Dias, Ciro Nogueira e João Vicente, com Wellington disputando o governo estadual, querendo refazer o seu retorno à Chefia do Executivo. Entretanto, todos sem as condições viáveis que detinham anteriormente, ou seja, em 2002, 2006 e 2010. Essas pré-condições políticas, administrativas e financeiras estão materializadas em 2014 com o PMDB, PSB e PSDB sob a liderança de Zé Filho (PMDB). Wellington e as agremiações que lhe darão sustentação política terão o apoio de Lula e Dilma. Mas, com quem ficarão mesmo o PDT e o PC do B? pela lógica da suposta esquerda, com Wellington. Diga-se, em tudo isso, que o PMDB continua aliado do PT a nível nacional, com o honroso cargo de vice-presidente da República, ocupado por Michel Temer, o que refreará as criticas dos petistas a Zé Filho.  

 Magno Pires é ex-Secretário de Administração do Estado do Piauí e Membro da Academia Piauiense de Letras – APL.

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