Política

CONSAGRAÇÃO DE WELLINGTONJ COMO LIDER E MAIOR POLITICO DO ESTADO

CONSAGRAÇÃO DE WELLINGTONJ COMO LIDER E MAIOR POLITICO DO ESTADO

                Nenhum político  piauiense prestou maior contribuição às mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais, especialmente a uma redefinição da matriz política estadual, que o ex-governador Mão Santa. E Wellington Dias (PT) é o beneficiário dessas transformações ao consagra-se como o maior político do Piauí.  

Os ex-governadores Chagas Rodrigues e Petrônio Portela, com ações políticas ideológicas diferentes e perfis políticos dispares, atuaram no momento em que o Brasil experimentava uma mudança de sua matriz política, com plena liberdade, para engalfinhar-se  numa ditadura militar que  perdurou de 1964 e 1985, por um período de 21 anos.

                Petrônio, como Ministro da Justiça, tornou-se um líder nacional, com apoio dos militares e Chagas foi cassado, sem perder a postura política e a dignidade. Outro parnaibano , o engenheiro Alberto Silva, aliou-se à ditadura, servindo-se dela, para fazer uma gestão eficiente na área do desenvolvimento econômico, com preponderância na infraestrutura física e social, com a ajuda do ex-Ministro do Planejamento, economista piauiense João Paulo dos Reis Veloso.

                Os ex-Governadores Chagas Rodrigues, Petrônio Portela, Alberto Silva não conseguiram alterar a matriz política do Estado, embora Chagas Rodrigues empunhasse, em momento político difícil que vivia o Brasil, uma bandeira que priorizava os temas sociais, com apelo ideológico desenvolvimentista, diferentemente de Petrônio e Alberto, que se alinhavam mais com um modelo dito conservador, de direita, sem motivar alteração na matriz sócio-política-econômica e cultural.

                O ex-governador Chagas Rodrigues sempre, com discursos inflamados, com temas da época, e com foco no futuro, querendo mudanças sociais, porém, refreado e/ou impedido pelo atraso político e cultural comandado por grupos conservadores que impediram as transformações. Lutou muito e avançou pouco. Os obstáculos que se lhe antepunham e pospunham eram enormes.

                Petrônio e Alberto foram políticos do seu tempo, diferentemente de Chagas, embora a projeção nacional de Petrônio na crista do movimento Militar de 64. Enquanto Chagas Rodrigues, com discursos de temas sociais e econômicas relevantes, com repercussão no futuro, vanguardista, e justamente por isso, foi molestado, cassado, pelos militares golpistas de 1964.

                Nenhum desses políticos nominados notabilizou-se politicamente como o governador Wellington, eleito pela terceira vez, como Chefe do Executivo.  Nenhum  teve carreira política tão bem sucedida como o senador Wellington. Nenhum deles foi vereador, deputado estadual e federal, governador eleito, reeleito e senador. E agora governador eleito para o 3º mandato, com perspectiva de se reeleger em 2018. Embora Petrônio Portela, Hugo Napoleão e Freitas Neto tenham sido ministros de Estado, sobressaindo-se  Hugo Napoleão, nomeado Ministro da Educação, da Cultura e das Comunicações, também  fato inédito para um político.

                O que quero destacar é a inédita projeção política, sempre exitosa, do governador eleito Wellington e a sua consagração para um terceiro mandato como Chefe do Poder Executivo do Estado. Façanha incomum e que ilustra a sua bela carreira política. Num Estado de pobres e miseráveis que bem poderiam querer renovar os seus lideres políticos, mas preferiram apostar num governante já experimentado no cargo. Ou a eleger um empresário, ainda que empresário, sem nenhuma experiência de gestão pública em cargo executivo. As regiões pobres, procuraram  efetivar mudanças, quando acreditam no líder.

                Entretanto, o ex-governador e senador Wellington poderá  nem sequer aceitar que a sua eleição  vitoriosa remete a 1994 e a 1998, eleição a reeleição do ex-governador Mão Santa, que alteraram a matriz política do Piauí e que beneficiaram a sua eleição em 2002 porque Mão Santa (PMDB) fez uma campanha e um governo de mudanças na matriz política do Piauí, as quais justificaram, posteriormente, a sua cassação pelo grupo político oligárquico que tanto combateu e criticou , pagando pelo pioneirismo.

                E Mão Santa apoiou a eleição vitoriosa de Wellington Dias em 2002. E Wellington, agradecido  ao seu apoio, convidou Adalgisa de Moraes Sousa para ser a sua vice (seria a primeira vice mulher),  que Mão Santa não deixou, dizendo impropérios contra Wellington, tendo cometido o seu maior erro político por conta de tolices políticas ditas à época, que lhe chatearam profundamente, sem muita razão. E, por isso, Wilson Martins, mensageiro de Wellington, tornou-se vice e governador.

                O senador e governador eleito Wellington vai para o 3º mandato, com perspectiva de exercer o quarto mandato, tendo na vice uma mulher e jurista Margarete Coelho, outra jogada de mestre dos oposicionistas, enquanto os governistas ficaram insistindo com Silvio Mendes, sem futuro, para perder a eleição com apenas 27% dos votos validos.

  Magno Pires é advogado e Membro da Academia Piauiense de Letras – APL.

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