Política

FORTE EXCITAÇÃO NO JOGO SUCESSÓRIO

Essa forte excitação momentânea e/ou eventual do jogo sucessório em 2013, com reflexo para 2014, será proporcionalmente ascendente e decrescente à medida que qualquer um dos prováveis postulantes faça um comentário. Ou se movimente no cenário político da oposição e da situação. Será assim até ocorrer a definição do concorrente de cada agremiação político-partidária. Isso vai definindo, paulatinamente, o quadro político e os postulantes da cena em 2014. Essa mobilidade dará os rumos não só ao partido, mas principalmente aos lideres e aos agentes políticos. É nela que se consolida e se firma o provável postulante e até o vitorioso no processo. Esse embricamento, essencialmente político, mas também técnico-psicológico, formata e emoldura a candidatura. E até quem vai vencer essa forte tempestade de boatos, fofocas, suposições, inverdades, simulações, verdades, com forte poder de liderança, determinação e ousadia. E também  nesse mar revolto se firmará o vencedor.
            Os lideres políticos utilizam a maquiavelhice, mas gostam mesmo é da verdade. Verdade que se projeta no ceio do eleitorado. Em política não vale a mistificação permanente. Esta poderá traí-los e inviabilizar suas eleições. Podem sucumbir nela.
            Sabe também o líder que o sentimento do eleitorado é o de crença no líder. Por isso que a verdade vence a mentira ou a enganação. Há eleitores ruins, que enganam, como há políticos/líderes péssimos que, metem desbragadamente. Ambos, porém, tem vida curta.
            Há uma tênue melhoria de qualidade no quadro político do Estado. Isso teve começo em 1994, com a eleição vitoriosa do ex-prefeito da Parnaíba, o médico Francisco de Assis Moraes Sousa – o Mão Santa. Houve o desmonte de um quadro político consolidado e atrasado, semi feudal, escravocrata, patrimonialista, familiar e clientelista. E essa mudança, embora moderada, mas paulatina, prossegue, com a eleição do governador Wellington Dias (PT), com o apoio de Mão Santa, contra o paradigma obtuso encabeçado politicamente pelas forças reacionárias do ex-PFL (Democratas); PSD (bifurcação do Democratas). Wellington contemporizou, levando para o seu governo essa força política adversária de Mão Santa em 1994. Mão Santa (PMDB) não reaglutinou essas forças ao seu governo, embora, posteriormente, à sua cassação, haja se aliado ao ex-senador Hugo Napoleão, então, maior líder do estado com Freitas e outros.
            E, diante dessa forte excitação do jogo sucessório, Zé Filho rompe o silêncio: em 29/05, após uma longa hibernação, o vice-governador se manifesta sobre a sucessão: “Digo e repito. Se assumir o governo, avaliarei as chances de lançar uma candidatura ao governo do Estado. Não cometerei suicídio político pessoal nem partidário.”
            O vice foi mais longe: “não adianta querer me jogar contra o governador do Estado. Tenho uma boa relação pessoal e política com ele e o seu partido, o PSB. E, para encerrar: “Futrica, fofoca e disse-me-disse não fazem a candidatura de ninguém. É preciso ter serviço prestado à cidade, ao Estado, ao partido e ao povo do Piauí.” O vice governador deu o tom de sua eventual posição relativamente à sucessão e afastou divergências com o governador Wilson Martins. Muito boa sua declaração.