Política

IMPEACHMENT: TRANSIÇÃO E SOLUÇÃO

 

O país está na iminência de mudança na Presidência da República. A admissibilidade do impeachment foi aprovada pela Câmara Federal. Agora está submetida à apreciação e aprovação do Senado Federal onde também deverá ser aprovada por ampla maioria. O resultado será o afastamento da presidente Dilma. Inicialmente por 180 dias. Acredito, porém, que renunciará antes da decisão final do Senado por pressão do ex-presidente Lula e do PT, para não receber violenta execração pública pelos aliados de Michel Temer, com reação dos movimentos de rua, na internet e rede social, pelos seguidores do ex-presidente Lula. 

         As manifestações serão graves, certamente com quebra-quebra, depredação de bens públicos e privados, xingamentos... o Brasil e a sociedade ainda assistirão essa brutalidade. Mas as instituições prosseguirão consolidadas e a democracia fortalecida. Até porque esses movimentos de excitação, protestos e pronunciamento populares empoderam entes sociais, embutidos em amplos e essenciais contornos, culturas e democráticos com antíteses políticas e filosóficas desses grupos e com forte repercussão em todos os setores da vida do país.

         A vida constitucional, política e administrativa do Brasil já registrou momentos como este, com menor e/ou maior gravidade: suicídio do ex-presidente Getulio Vargas (54 – 58), renuncia de Jânio Quadros (1962), instabilidade na posse de João Goulart (64 – 65), Golpe Militar (64 – 85), morte de Tancredo Neves, com ascensão de Sarney (85 - 90), impeachment de Collor de Melo (90 - 92).

         Em todas essas situações, os políticos e lideres, obtiveram soluções, assegurando a governabilidade, com maior e/ou menor grau de (in)segurança, com o restabelecimento e resguardo das garantias  e prerrogativas constitucionais. E alguns dos agentes políticos, que estão à frente do impedimento de Dilma, conviverem, lideram, foram influentes e decisivos naqueles movimentos históricos políticos no passado, como acima relatado, especialmente no impeachment de Collor de Melo; portanto, com experiência em lidar e gerenciar esses problemas e situações; conseqüentemente, saberão conduzir o momento atual e o pós-afastamento de Dilma, embora as reações adversas, naturais, que são esperadas, dos governistas e petistas. O país e os políticos conhecem essa transição e tem a solução adequada. Fique tranqüilo. Não se exaspere. O pais voltará à normalidade constitucional.

Magno Pires é  Membro da Academia Piauiense de Letras – APL, Ex-Secretario de Administração do Piauí, Advogado Aposentado da União

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