Política

KASSAB REVOLUCIONA 2014 COM SILVIO

 

 

                Os encontros do ex-prefeito de São Paulo e presidente do PSD Nacional em Teresina revolucinaram a sucessão de 2014. Mas, jamais, por conta dos lideres do partido Hugo Napoleão e Júlio Cesar e outros que o recepcionaram. Inclusive, o prefeito de Teresina, ex-deputado Firmino. E também o ex-senador Heráclito Fortes (DEM). O epicentro da visita de Kassab focou de forma espetacular o ex-prefeito da capital, médico Silvio Mendes, e o seu prestigio. O PSD quer filiá-lo à agremiação. Embora a resistência do PSDB em mantê-lo no tucanato, o que já parece improvável. O ex-prefeito poderá se filiar ao PP. Certamente o destino mais flexível e confortável porque o governador Wilson Martins não conseguirá a permanência do senador Ciro Nogueira na base governamental. E onde Wilson estiver, o ex-prefeito da capital e derrotado em 2010, para governador, não estará. Por isso, também deixará o PSDB porque Firmino tem forte parceria administrativa e mais política com Wilson.  E Silvio, bem nas pesquisas para 2014, será cortejado por todos os partidos até o fechamento das negociações majoritárias do próximo ano. Ou até a mudança do seu destino político.

                Os oposicionistas ao governo Wilson farão de tudo para inviabilizar a sua liderança e a sua administração. Entretanto, Wilson não descansará com o seu PSB e fará fortes intervenções nos coligados rebeldes cooptando deputados e lideranças do PSD, do PTB e do PP, além de manter aliados em cargos estratégicos. Como faz com Elizeu Aguiar, por exemplo, com o IDEPI, com investimentos de R$ 740 milhões. O governador não consegue que os presidentes desses partidos permaneçam na base, mas os seus representantes não deixam as secretarios e cargos comissionados. Este será o grande problema dos aliados: que seus comandados deixem os cargos no governo.

                Kassab deixou Teresina sem uma resposta de Silvio. Mas, os demais partidos também ainda não conseguiram de Silvio uma definição política. O ex-prefeito continua analisando os convites, embora o PP poderá ser o seu provável novo clube político. Dialoga muito com Ciro.

                O PSDB, com certeza, perderá Sílvio, embora Firmino afirme que o acompanhará em qualquer circunstancia. Será? Silvio, com razão, desconfia da parceria com Wilson e da amizade de Firmino com Eduardo Campos (PSB). Foram colegas de turma em economia em Universidade de Pernambuco.

                O Blocão das oposições de 2014 seria integrado pelo PTB, PP, PSD. E até o PSDB. E segmentos do PMDB e PDT, estes também aliados do governador Wilson Martins. Afinal, o governador só ficaria com o PSB e o PC do B, além do PT, que deverá ter o ex-governador Wellington Dias como pré-candidato majoritário.

                O governador colou uma travanca nos partidos aliados, cujos presidentes deixaram a base, porém, os cargos comissionados permanecem com os seus liderados. Entretanto, com o provável desincompatibilização de Wilson e a posse do vice-governador Zé Filho, todo esse quadro instável mudará. Zé Filho será o comandante da sucessão, juntamente com Wilson Martins, que exercerá seu prestígio e sua liderança para eleger Zé Filho. O grande problema de 2014, além do candidato das oposições por conta da liderança de Silvio, é o desejo do ex-governador Wellington em querer disputar o seu 3º mandato para Chefia do Executivo piauiense. A confusão está grande. Contudo, Wilson será o maestro dessa sucessão pelas obras que construira e o saneamento financeiro do Estado. A liderança do presidenciável Eduardo Campos não terá nenhuma influencia no quadro sucessório piauiense.