MARCELO CASTRO E SÍLVIO SUCESSORES DE WILSON
Magno Pires
A cansativa e resiliente engenharia política do governador Wilson Martins (PSB) para escolha do eventual candidato à sua sucessão, eliminou consensualmente o vice governador Zé Filho (PMDB), postulante natural e constitucional ao cargo; Zé Filho, se concorresse ao cargo de governador, também seria reeleito. Mão Santa, Wellington Dias e Wilson, na mesma condição, foram reeleitos. Por quê o Zé Filho não seria? O ex-prefeito Sílvio Mendes (PSDB) impôs seu nome porque só seria vice de Marcelo Castro (PMDB), e de nenhum outro; e o deputado federal Marcelo Castro foi escolhido porque reúne as pré-condições politicas viáveis à vitória sucessória dentro e fora das agremiações, com o apoio estratégico do próprio PMDB, PSB, PSDB, PC do B, PDT, do PSC do ex-governador Mão Santa e demais siglas que compõem o G – 12.
O governador Wilson Martins, também como eventual postulante da única vaga ao Senado Federal e como coordenador da sucessão, demonstrou cansativamente sua capacidade de líder, não se exasperando, tampouco revelando quaisquer vaidades na conclusão do processo, mas sobretudo sendo sereno e ponderado e sempre convicto de que chegaria a um consenso que motivasse satisfação politica à maioria dos liderados dos diversos segmentos políticos. Inclusive do PSD de Hugo Napoleão e Júlio Cesar, que conseguiu que também formasse a base governista. Entretanto há segmentos políticos que não creem na continuidade desse projeto político. Acham que haverá uma ruptura.
O deputado federal Marcelo Castro exulta no processo sucessório também porque o vice Zé Filho excluiu-se da sucessão. Quis apoiá-lo livremente. Não fez jogo de sena. Tampouco impôs-se. E poderia fazê-lo. Pois, a partir de 4 de abril, será o Chefe do Executivo piauiense, com o afastamento do titular. Também auxiliou nessa posição de Zé Filho, de permanecer no cargo, as constantes investidas do ex-governador Wellington Dias (PT) de cooptar o apoio político do deputado federal, bem assim do prefeito de Picos, kleber Eulálio, ambos fortíssimos no PMDB e em suas áreas de influencia política. Marcelo e Kleber, com certeza, são as duas lideranças mais relevantes do PMDB. Picos, com Kleber, é um polo político, comercial, industrial, cultural, de serviços, de maior relevância no Sul no Piauí. Qualquer candidato ao governo brigaria por esses líderes; quer o seu embasamento político. Mas, Kleber, me disse que só votaria em Wellington se o candidato do PMDB fosse Sílvio.
A construção da chapa governista é competitiva. Será vitoriosa. E o atual vice governador e futuro governador Zé Filho, é a peça fundamental nesse forte processo de coalizão politica, que conduzirá Wilson Martins, Sílvio Mendes e Marcelo Castro, respectivamente, ao Senado, à vice governadoria e à Chefia do Poder Executivo.
Evidentemente que os eleitores e a sociedade esperam, desse grupo, que sejam prioritários na sua administração o crescimento sustentável do Estado, com um processo constante de distribuição de renda, para continuar eliminando a pobreza, e que as famílias não exerçam o seu poder político para aumentar o histórico patrimonialismo e paternalismo politico responsável pelo atraso do Piauí sócio-político-cultural-economicamente.
Magno Pires é ex-Secretário de Administração do Estado do Piauí e Membro da Academia Piauiense de Letras – APL.
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