Política

MUITO CHAFURDADA A SUCESSÃO DE 2014 (I)

Responsável pelo destino de um PIB de R$ 24,6 bilhões; uma arrecadação própria de ICMS e transferências constitucionais de R$ 500 milhões mensais; investimentos em 619 ações comprometendo recursos da ordem de R$ 4,1 bilhões; uma Folha de Pagamento de 91 mil servidores entre ativos, inativos e pensionistas; transferências constitucionais aos poderes Legislativo e ao Judiciário, ao TCE e à Procuradoria geral de justiça; em manter a harmonia, a serenidade e até a solenidade entre os poderes e a sociedade; em conservar um dialogo permanente, produtivo, eficiente e eficaz do poder público, as organizações sociais, politica e o setor privado... Wilson Martins, o governante eleito diretamente pelo povo e com essas imensas prerrogativas constituídas na Carta Magna Estadual, não pode tergiversar no exercício desse poder sob pena de instaurar a instabilidade psicossocial, política, administrativa e jurídica, levando a organização social, a sociedade, a desacreditar e subestimar sua autoridade, fragilizando o poder constituído, com a instauração da insegurança jurídica e politica, com traumas capazes de por em cheque a sua autoridade, com surgimento de sublevação. O ato politico é cíclico e cheio de emoções e surpresas. Por isso, o Chefe do Poder Executivo, o homem detentor de maior poder no estado, tem o dever institucional (do cargo) e constitucional (da constituição) de ser sereno e fleugmático, qualidades do líder, para decidir, cuja competência repercutirá em toda a sociedade. Ademais, em hipótese alguma, poderá contribuir com a instabilidade. Por que, justamente, deve assegurar a tranquilidade e a governabilidade. E cada palavra sua é estudada e analisada pelo contexto social. É revestida de direito, da verdade, da crença e da fé, com esperanças da sociedade. Na sucessão, o Chefe do Poder Executivo deve falar pouco, mesmo como candidato ao Senado. Analisar tudo o que irá falar ao público. A sua palavra é extraordinária. E constituída da supra legalidade constitucional. Está acima de todos porquanto eleito majoritariamente pelo povo, respaldado na Carta magna. É o Chefe do Poder Executivo, portanto, responsável pelos atos do governo que apenas outro poder poderá desconstituir e/ou contestar: o Judiciário. A sucessão é uma consequência politica do seu poder outorgado pelo povo. A sucessão é um ato politico e jurídico perfeito. Seria uma cláusula pétrea no contexto politico e administrativo. Sua discussão gera instabilidade. Alimentá-la, portanto, com discussões pueris quanto à substituição do gestor presume, favorece e instaura a insegurança politica e a sociedade fica em pânico e ansiosa. Isso promove a desconfiança no gestor com prejuízo não só à administração, mas também à politica, pois dificulta a materialização do ato. Nesse contexto, fica muito chafurdada a sucessão de 2014 com instauração do caos politico nos agentes públicos e privados e o desprestigio do líder, tendo como consequência a instauração da instabilidade administrativa. Magno Pires é ex-Secretário de Administração do Estado do Piauí e Membro da Academia Piauiense de Letras – APL. Portal: www.magnopires.com.br ( 10.100.509 acessos em 50 meses) E-mail: [email protected]