O JUIZ SÉRGIO MORO E A LAVA-JATO
O JUIZ SÉRGIO MORO E A LAVA-JATO
Magno Pire
O trabalho e a história jurídica do juiz Sérgio Moro não podem ser desmerecidos e olvidados por conservadores e históricos líderes políticos e empresários, ainda não alcançados pela Lava-Jato, e habituados e praticantes das velhas e carcomidas transações negociações partidárias e empresariais prejudiciais à maioria da sociedade e ao país; beneficiando tradicionalmente a uma elite que recebia os proveitos e resultados dessas negociações, com repercussão negativa aqui e no exterior; e movimentando bilhões de reais, de dólares e de euros, com contas em paraísos fiscais, em países de ilhas fiscais, e no mercado inter bancário das nações ricas. Tudo parecendo práticas normais e corretas, mas entrelaçadas e entremeadas às falcatruas do mundo financeiro nacional e internacional. Envolvendo os maiores grupos empresariais privados do Brasil e empresas estatais, como a nossa Petrobrás, principal ícone dessas negociatas, levando-a a enormes dificuldades financeiras.
E o estancamento jurídico dessa sangria corrupta que indivíduos saudosos do passado, certamente beneficiários dessas práticas malévolas, querem impedir o prosseguimento dessas investigações, alegando um suposto ataque ferino à constituição, às normas jurídicas, à democracia. Nada disto, os interesses são outros.
Mas, com certeza, esses indivíduos, “cuidadosos das regras jurídicas”, desconhecem o trabalho feito pelo impoluto Juiz Sérgio Moro quando desbaratou uma quadrilha de doleiros, de traficantes e empresários que atuavam no Bonestado, fazendo os mesmos procedimentos, diria idênticos no conceito e na forma aos que fazem na mega operação da Lava-Jato. Esta, porém, com maior abrangência e integrantes de várias organizações políticas e empresariais do país e do exterior.
Esses contestadores da Lava-Jato, com inigualável eufemismo técnico-jurídico, que compreendem erroneamente, que a democracia brasileira e o nosso conjunto jurídico, inclusive a Constituição, estão sendo violados, especialmente pelo Juiz Sérgio Moro, com as suas punições e condenações, almejando uma Justiça e um País de hemiplégicos e/ou de paraplégicos, com as suas políticas públicas e as suas empresas beneficiando a elite e lançando e/ou continuando a lançar na sarjeta social da miséria, da segregação política, cultural e econômica milhões de brasileiros que não tem casa, escola, saúde, segurança e passam fome diariamente; E quando não morrem de subnutrição e acometido de várias doenças.
O Juiz Sérgio Moro é invejado no seu desempenho jurídico e prestígio nacional por uma minoria insatisfeito que teve estancada a sangria do dinheiro público, que se esvaia aos borbotões pelas veias grossas da corrupção que se alastrou pelo Brasil; no entanto com o início num posto de gasolina, que abastecia veículos e lavava carros no centro da Capital brasileira – Brasília.
Todas as sentenças do Juiz Moro eram submetidas a revisão dos desembargadores do Tribunal Superior da 4ª Região judiciária federal do Paraná. E a mais relevante e importante delas que condenou o ex-presidente Lula, além de revisada pelos desembargadores do TRF-4, teve a pena aumentada; o Juiz Moro condenou o ex-presidente a 9 anos e seis meses de prisão e o TRF-4, ou alterou a sua punibilidade, aumentando a condenação, para 12 anos e seis meses de detenção.
Agora algumas das sentenças estão sendo analisadas e reformuladas pelo Supremo Tribunal Federal – STF. As alterações poderão provocar inúmeras inconsequências à conservadora Justiça brasileira. No entanto, devem ser feitas, desde que contrárias à norma vigente e em prejuízo do inocente.
Evidentemente que a inveja escracha. E o Juiz é vítima dessa vilania. Mas aceitar as denúncias do site intercept para revogar sentenças e/ou comuta-las, inocentando ladrões do dinheiro público e alegando erro originário da sentença do Juiz monocrático, numa sentença confirmada pela TRF-4, me parece algo orquestrado para beneficiar o ex-presidente, embora tendo enganado, ludibriado, a crença de milhões de brasileiros, como o maior líder político popular do Brasil, da América Latina e um dos maiores do mundo.
Entretanto, enlameou sua liderança e sua imagem. E nada de compará-lo com Nelson Mandela. Coloiar-se e/ou agregar-se e/ou associar-se aos executivos das maiores empresas privadas e estatais do Brasil para beneficiá-las, notadamente com recursos do BNDES e enriquecer-se com prejuízo para milhões de brasileiros. Os ex-presidente Getúlio Vargas e Juscelino não cometeram ostensivamente essa ação vilipendiaria.
O Juiz Mora, agora Ministro da Justiça e Segurança, conhecido e popuar dos brasileiros, com prestígio nas alturas, ri-se dos tolos que criticam o seu trabalho em prol do Brasil.
Magno Pires é Membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, Advogado da União (aposentado), jornalista, administrador de empresas, ex-consultor jurídico da Companhia Antactica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 122.300.118 acessos em 9 anos e onze meses. e-mail: [email protected].