Política

O PMDB E LÍDERANÇAS DO PROGRESSISTAS PODEM DEIXAR A BASE GOVERNISTA

O PMDB E LÍDERANÇAS DO PROGRESSISTAS PODEM DEIXAR A BASE GOVERNISTA

O PMDB E LÍDERANÇAS DO PROGRESSISTAS PODEM DEIXAR A BASE GOVERNISTA

 

                                                                                                                      Magno Pires

 

O partido do Governador Wellington Dias (PT) é o responsável pela saída do MDB do Governo. O Chefe do Poder Executivo não tem poder sobre a Direção Central do PT. Os petistas não aceitam a construção da coligação (ou Chapão) proporcional, com os pré-candidatos do MBD, porque sairão prejudicados. E os emebedistas saem beneficiados. Enquanto os petistas serão prejudicados, elegendo menos deputados. Esquecem, porém, que têm o Governador na cabeça.

Nesta eleição poderá haver o efeito dominó, a exemplo de 1994, com Mão Santa e Átila Lira, com o evento sob liderança de Átila. E com prejuízos para os prefeitos e lideranças, que apoiavam o então pefelista. Mão Santa foi o vitorioso no 2º turno eleitoral.

Com a retirada do MDB da coligação governista, a reeleição do Governador estará possivelmente sacrificada.

O Chefe do Poder Executivo não tem força no PT para manter o MDB no situacionismo com o Chapão e o partido é mais poderoso que o Governo.

Essas brigas interpartidárias, especialmente MDB e PT, e, agora, alguns Progressistas, por conta da coligação proporcional (de deputados), a insatisfação dos prefeitos com a falta de cumprimento das promessas do Governador e o domínio do deputado Assis Carvalho, insistindo com a Chapa pura proporcional levará a eleição, com essa forte instabilidade, para o 2º turno; podendo se repetir o fenômeno Átila Lira/Mão Santa, embora Luciano não detenha nenhuma característica e o carisma de Mão Santa. Tampouco o arroubo e a sua determinação, porém, a coragem e capacidade de lançar-se postulante ao Governo do Estado. Tem, entretanto, as mãos limpas e é incansável batalhador.

Os prefeitos estão insatisfeitos com o Governador. Ele não cumpre nenhuma promessa. E ainda quer ser reeleito. A sorte desse líder popular Wellington é continuar preservando a imagem populista de apoio aos mais pobres e mais humildes; aos quais engana com muita lábia, conversa bonita, sempre sorridente e abraçando e beijando a todos. Mas, este seu estilo, embora carinhoso, já está cansado, enjoado, sem sentido no 3º mandato. Agora, o eleitorado, até muitos pobres, querem pragmatismo, obras e execução das políticas públicas permanentes, cuja falta tem prejudicado os mais miseráveis economicamente e majoritariamente eleitores de Wellington.

A retirada do MDB e o corpo mole das lideranças situacionistas, além da demissão do Secretário da Fazenda, sem qualquer explicação, consolidam o grau de fraqueza e incerteza do Governo e da eleição.

Nesta maior crise da história econômica do Brasil, o eleitorado e a sociedade esperam objetividade de seus líderes.

Ademais, o Governador deverá explicar para o eleitorado, á sociedade e aos oposicionistas, sob pena de perder grande quantidade de votos, quatro coisas essenciais e gravíssimas que acontecem na sua gestão: os Servidores Públicos, que contraíram empréstimos consignados na CEF e BB, estão recebendo Cartas de Cobrança dessas instituições de crédito. O atrasado aproxima-se de R$ 200 milhões; explicar, corretamente, as aplicações do empréstimo de R$ 315 milhões contratado com a CEF; a exoneração misteriosa do Secretário de Fazenda que surpreendeu a todos; os atrasos dos pagamentos do Plamta às instituições hospitalares e clínicas conveniadas com inadimplência de  4 meses. Os atrasos na execução das obras do Rodoanel e do Centro de Convenções dentre outras iniciativas inacabadas.

Portanto, os líderes Firmino, Heráclito, Átila Lira, Zé Filho, Robert Rios, Mão Santa, Rodrigo Martins, Wilson Martins, Franck Aguiar, prefeito Luiz Meneses (Piripiri), prefeito Elvas (de Bom Jesus), juntando-se a insatisfação de inúmeros prefeitos situacionistas, por conta das promessas não cumpridas de Wellington, fortalecem também a eleição de Luciano Nunes, que poderá surpreender a persistirem essa instabilidade governista, o radicalismo do presidente do PT quanto à coligação proporcional, as promessas não cumpridas do Governador e a falação/enganação do líder petista que aborrecem e chateiam os próprios governistas. Inclusive deputados da própria base.

Por isso, Luciano poderá avançar e galvanizar apoios eleitorais capazes de torná-lo surpreendentemente governador eleito no 2º turno. O eventual candidato Elmano Ferrer (Podemos) também fustiga Wellington com os Claudinos e o seu poder político-econômico. Contudo, as oposições precisam se organizar, enquanto o Governo se esfacela, embora, ainda, com muito poder.

 

 

Magno Pires é membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, Advogado da União (aposentado), ex-consultor jurídico da Companhia Antactica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 104.750.100            acessos em 8 anos e 8 meses, e-mail: [email protected].