Política

OPOSICINISTAS À REELEIÇÃO PREPARAM CONTRAOFENSIVA COM MARGARETE E LUCI

OPOSICINISTAS À REELEIÇÃO PREPARAM CONTRAOFENSIVA COM MARGARETE E LUCI

OPOSICINISTAS À REELEIÇÃO PREPARAM CONTRAOFENSIVA COM MARGARETE E LUCI

 

Magno Pires

 

            Se não for um disfarce político para armar uma contraofensiva à reeleição do Governador Wellington Dias (PI), os oposicionistas agora dispõem de quatro eventuais postulantes ao Poder Executivo às eleições de 2018: dr. Pessoa, João Vicente, João Henrique e Margarete.

            O deputado estadual dr. Pessoa está sendo lançado pelo colega deputado e presidente da Assembleia Legislativa, Themístocles Filho (PMDB). Trata-se, o lançamento, de um veemente protesto do peemedebista. Pois, os petistas e o Governador do Estado, não o querem como Vice-Governador à eleição majoritária de 2018; embora representando o PMDB dividido e a agremiação aliada da coligação governista. Entretanto, dos quatro lançados, é o único detentor da forte expressão política popular; mas, o PSD, partido de dr. Pessoa, é contra. Dr. Pessoa ameaça deixar a sigla.

            O ex-senador João Vicente Claudino (sem partido) somente ingressará (ou retornará), possivelmente ao PTB, em março de 2018. Quando também, se lançará ao Governo do Estado. Contudo, presentemente, está estimulando o prefeito Firmino Filho (PSDB) ao Cargo Majoritário de Governador. Não tem voto popular, porém, poderá formar uma ampla coligação partidária. E receber forte apoio do setor empresarial. A família, tendo como linha de frente o megaempresário João Claudino – o maior empreendedor do Estado, bem como o homem mais rico –, não faltará embasamento financeiro à empreitada político-partidária do ilustre membro familiar dos Claudinos.

            O ex-senador João Vicente já declarou à imprensa que dr. Pessoa dará um bom Vice. É a expressão de simpatia do ex-senador e ex-deputado por um político com grande contingente popular. E a sua chapa majoritária estará bem servida com a campanha de dr. Pessoa.

            Especula-se, entretanto, também, que João Vicente estaria postulando a vaga de Vice na chapa majoritária de Wellington Dias. O ex-senador desmonte esta intenção. Fará oposição ao Chefe do Poder Executivo.

            O ex-ministro João Henrique também confirma a sua candidatura. E tem elaborado um trabalho fantástico neste sentido. Percorre todo o estado com os seus eventos de cidadania política; conversa com os líderes de oposição com assento na Assembleia Legislativa, especialmente o aguerrido deputado Robert Rios (PDT). O PMDB, historicamente dividido aqui e no Brasil. O Diretório Regional não apoia a candidatura do Presidente Nacional do Sesi – o que é profundamente lamentável –, preferindo embasar a reeleição do petista Wellington. Mas, João Henrique persiste e constrói a sua história de resistência, de coragem e de oposição ao petismo governista. Contudo, nessa história, há um grande volume de inveja, porquanto João Henrique é o piauiense detentor de maior prestígio junto ao presidente Michel Temer (PMDB) e de quem é amigo pessoal há várias décadas. Todavia, como João Vicente, não tem voto popular. Detém vasta experiência político-administrativa nas áreas federal e estadual. É um bom candidato.

            O Diário do Povo, pág. 5, de 12/12/2017 divulga matéria com uma chapa contra o machismo, encabeçada por duas mulheres Margarete e Luci Silveira, respectivamente, candidatas a Governadora e Vice, com o apoio do prefeito Firmino Filho (PSDB) e do senador Ciro Nogueira (Progressistas), tendo Wilson Martins (PSB) para senador e dr. Pessoa para deputado. É um verdadeiro tubo de ensaio essas cotações de Margarete e Luci. Diante desse cenário, a coligação governista, com Wellington, apoiado para a reeleição e Ciro Nogueira, candidato ao senado, estará desfeita.

            Os petistas radicais, enfim, conseguiram desmontar a coligação que asseguraria a reeleição do Governador. Firmino, que não quer deixar a prefeitura em nenhuma condição e circunstância e se retorce para não ser eventual candidato a Governador, mesmo com o apoio do ex-senador João Vicente, Wilson Martins e Ciro, lança a espora a vice, num amplo acordo que junto a Ciro, Wilson Martins (PSB) e dr. Pessoa. A chapa é boa porque contempla duas mulheres; quando a maioria dos homens está sem prestígio e desmoralizada perante a sociedade. Ademais, inclui o maior líder político do estado: Senador Ciro Nogueira, com o partido detentor de 64 prefeitos municipais. Vingando, poderá ter êxito.

            O ex-ministro João Henrique (PMDB) defende a ideia de que devem ter pelo menos três eventuais oposicionistas ao Governo. Assim, entende ser mais fácil derrotar o situacionismo. É uma opinião difícil de sustentação e consolidação. Pois, Wellington é o líder nas pesquisas, embora com baixo índice, considerando-se os índices de dr. Pessoa e João Henrique e inquilino do Palácio de Karnak.

            Essas contramarchas dos oposicionistas, agora com candidatos, fortalecem os prováveis candidatos de oposição e enfraquecem o governismo petista.

            As reações contra a reeleição necessitam, porém, ganhar o meio popular, ruas, mercados, escolas, bares, quiosques e restaurantes, o rural e o urbano periférico das maiores cidades do Piauí, especialmente Teresina, onde o governador petista é majoritariamente e com vasta liderança relativamente aos oposicionistas de maioria da classe média.

            Os adversários de Wellington precisam utilizar a rede social, mais intensamente, e acabar com o preconceito contra esse moderno meio de comunicação de massa.

            Aos poucos, porém, os oposicionistas estão consolidando e estratificando sua reação ao governismo reeleitoral de Wellington, que perde força, também aos poucos.

            A residência do maior opositor do Governador, o deputado Robert Rios (PDT), recebeu vários líderes. As entabulações e possíveis acertos políticos também foram numerosos. Wellington foi a figura central e o epicentro nevrálgico das conversas.

            Enfim, a contraofensiva da oposição está tomando fôlego e se robustece, inclusive com as candidaturas, já expostas, de dr. Pessoa, João Henrique, João Vicente e agora Margarete, atual Vice-governdora do Estado. Começa materializar-se um realinhamento e um consenso na oposição.

            Fica claro também uma coisa: Se Margarete e Luci forem apoiadas por Ciro Nogueira, dr. Pessoa, Wilson Martins e Firmino, a coligação governista, que apoiará a reeleição de Wellington, está irremediavelmente desfeita, com a derrota antecipada do Governador, por conta da saída de Ciro Nogueira e Margarete Coelho (ambos Progressistas).

            Reafirmo que esta coligação não chegará ao regime pré-eleitoral de 2018, com o lançamento definitivo dos candidatos ao governo. E o PMDB, conforme o ex-ministro João Henrique, deixará a coligação com Wellington, podendo reaglutinar-se e lançar João Vicente ou dr. Pessoa ou o próprio João Henrique.

 

Magno Pires é membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, ex-consultor jurídico empresarial da Companhia Antactica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 95.925.038 acessos em 8 anos e três meses, e-mail: [email protected].