Política

OS PRESIDENCIÁVEIS BOLSONARO E HADDAD

OS PRESIDENCIÁVEIS BOLSONARO E HADDAD

OS PRESIDENCIÁVEIS BOLSONARO E HADDAD

 

Magno Pires

 

         O evento eleitoral de 28 de outubro será um fortíssimo embate entre direita e esquerda. Esta representando o PT, com o professor Haddad, especialmente, aliado com o PCdoB, que indicou a Vice. Enquanto a direita, representada pelo Capitão reformado do Exército brasileiro, Jair Bolsonaro, filiado ao PSL. Haddad é paulista. Bolsonaro é carioca. Este é deputado federal com 7 mandatos. Já Haddad é professor universitário, ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo. Não há representantes do Norte e Nordeste, as regiões brasileiras mais vulneráveis econômica, social e culturalmente, nas chapas presidenciais. O Vice de Bolsonaro é o General Mourão (PRTB). A aliança do representante da esquerda contou no 1º turno com 3 partidos. E o representante da direita com apenas 2 agremiações. O petista é filiado a um dos 3 maiores partidos políticos brasileiros; e a direita, com Bolsonaro, é apoiado por 2 partidos nanicos e sem expressão eleitoral. Portanto, Bolsonaro, que deteve a maioria de votos no 1º turno é representado pela maioria da sociedade; e o petista, embora filiado de um grande partido, recebeu o apoio da minoria do eleitorado nacional no 1º turno.

         O Capitão do Exército Nacional, Jair Bolsonaro, está sendo fortemente criticado porque teria tendências ditatoriais. Implantaria um regime excepcional no País. Revogaria o Estado de Direita Democrático vigente. Seria contra as minorias. Certamente isso é uma infâmia e uma insensatez. No Brasil não há mais clima para implantação de qualquer regime contrário às regras constitucionais em vigor. Judiciário, STF, STJ, Congresso Nacional funcionam regularmente e recebem o apoio da sociedade. A imprensa é vigilante. O País está integrado político, social, cultural e comercialmente às demais nações democráticas do planeta. E o candidato Bolsonaro, não obstante a sua formação militar, assegurada na Constituição, não tem essa tendência e formação alardeadas pelos seus opositores de esquerda. É deputado federal pelo 7º mandatos; não demonstrou essa vocação autoritária. Portanto, é uma infâmia e uma insensatez o que estão falando dele. Ademais, a sociedade brasileira está alinhada com as regras democráticas, com 69% de apoio a regimes democráticos, conforme pesquisa realisada pelo Instituto de Pesquisas Data Folha/ Veja e IBOPO.

         Especula-se que por trás de Jair Bolsonaro, a orientá-lo, estão as Forças Armadas. Também uma infâmia. O Exército Nacional tem os seus compromissos com a democracia e a constitucionalidade. Há 30 anos vivemos sob um teto constitucional.

         O presidenciável Haddad também tem os seus méritos como político e professor da USP. Entretanto, a sua vinculação com o ex-presidente Lula, condenado em 12 anos e 1 mês pela Justiça, e tendo a orientá-lo, mesmo que preso, não é recomendável para um candidato a presidente da República. E até por mais que se diga que o Judiciário e o STF tenham cometidos falhas no julgamento de Lula. Embora hajam sido assegurados ao ex-presidente todas as garantias constitucionais de defesa, inclusive o espírito de contraditório.

         O partido de Haddad exerceu a presidência da República por 12 anos, com Lula e Dilma, esta cassada pelo Congresso Nacional; Legou um histórico muito ruim ao Brasil. Foi o período do vergonhoso mensalão e do petrolão. E onde foram constatados desvios de recursos do contribuinte em empresas públicas e fundos de pensão; evidenciando-se o desvio de R$ 42 bilhões da Petrobrás e a prisão e condenação de vários executivos de empresas públicas e privadas, somando quase 167 pessoas condenadas e com a devolução de bilhões de reais aos cofres públicos.

         Evidentemente que o presidenciável Haddad não deve apoiar essas operações criminosas, operando no Serviço Público, porém, receber orientação do ex-presidente Lula, condenado da Justiça, não é aconselhável e/ou recomendável para um postulante à presidência da República, preparado como Haddad.

         O presidenciável Fernando Haddad ilustre professor doutor da USP, foi minoritário no 1º turno. E Bolsonaro recebeu apoio amplo da maioria do eleitorado brasileiro. Nesse 1º turno todas as agremiações políticas foram derrotadas; com relevância para os grandes partidos. Notadamente os grandes. Sobressaíram-se as pequenas agremiações.

O Congresso Nacional teve a sua maior renovação nos últimos 20 anos e os representantes dos velhos caciques políticos nos Estados foram “mandados para casa”. Perderam os mandatos. Foram rejeitados pelo povo. A sociedade, usando fortemente a democracia, exerceu o seu poder, independentemente de partidos, priorizando um partido nanico e dando maioria a um político sem projeção nacional, Capitão Jair Bolsonaro.

         O Nordeste apoiou fortemente o professor Fernando Haddad, destacando-se os Estados de Pernambuco, Bahia e Ceará, todos governados pelo PT, PSB e PDT, os maiores do Nordeste – e, no sul, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – os maiores Colégios eleitorais do País –, aderiram maciçamente a Bolsonaro. O PT perdeu em Minas, com o governador não conseguindo a reeleição. E Dilma, ex-presidente petista, também não conseguiu eleger-se Senadora. E Alkimin, ex-governador de São Paulo por 4 mandatos teve pouco mais de 5 milhões de voto. É a renovação determinada pela sociedade que, injuriada com os malfeitos dos políticos, impôs altaneira e acentuada derrota, dando novos rumos ao País. E, em nossa opinião, dificilmente Bolsonaro não será o vitorioso. O PT ainda represente as velhas práticas, hábitos e costumes da política patrimonial, clientelista, assistencialista do passado.

 

Magno Pires é membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, ex-consultor jurídico da Companhia Antactica Paulista (Hoje AMBEV) 32 anos. Portal www.magnopires.com.br com 108.950.200 acessos em 9 anos, e-mail: [email protected].

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