Política

>Outra versão para permanência de Wellington

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     O senador João Vicente Claudino (PTB) não pressionou o governador Wellington Dias (PT), apenas com o poderio econômico do Grupo Paraíba, mas principalmente, através da direção nacional do PTB, ex-deputado federal Roberto Jeferson, ex-integrante do mansalão do PT, que ameaçou votar no presidenciável José Serra, se ele (João Vicente) não for o nome escolhido da base governista como candidato ao governo do Estado.
     A própria presidenciável Dilma Rousseff interveio a fim de que o PTB não se bandeasse à oposição apoiando Serra e Sílvio.
     Wellington, em “nome da base”, e para não contrariar JVC, o presidente do PRTB (empresário João Claudino) e a candidata Dilma Rousseff, “deixa de se candidatar” ao Senado Federal, numa eleição certa, supostamente para conduzir o processo eleitoral sucessório e após 31.12.2010 ir para o ostracismo. E enfrentar os processos que lhe serão movidos, sem a cobertura de mandato popular.
     O governador poderá está apostando no sucesso da eleição de Dilma Rousseff. Ela cresce e empata com José Serra, mas o tucano. Só ontem declarou que é candidato à presidência da República. E partir de ontem o cenário das pesquisas poderá mudar, com a confirmação da candidatura de Serra.
     Wellington, em “nome da base”, vai ao sacrifício. Porém, essa atitude poderá ser revista até 2 de abril, prazo para as desincompatibilizações.
     O governador, agora, será duplamente pressionado para: indicar o candidato da base e rever sua posição à disputa ao Senado Federal.
     Com a revisão das decisões em torno dos candidatos da base e de sua candidatura, deverá ser criticado pela oposição; entretanto, haverão milhões de raciocínios favoráveis a uma reflexão, porque detém muito crédito político na opinião pública piauiense. E o partido que mais pressionará é o PT porque está irresignado com o posicionamento do companheiro Wellington.
     O Senador João Vicente é tido na opinião pública como o responsável por esse lamentável desfecho da base governista; porque teria radicalizado, com base num suposto acordo existente entre ele, seu grupo político e o governador para escolhê-lo candidato.
     Com esse vendaval, que destroçou a vida de Wellington, o problema sucessório é zerado. Contudo, embora não demonstre, Wellington está magoado, pois a sua carreira política foi interrompida pelo senador João Vicente, o PTB nacional e o empresário presidente do PRTB, João Claudino. Wellington fica com isso? Eu não acredito. Wellington, pode aguarda, será candidato ao senado.