A exemplo de Wellington Dias (PT), Wilson Martins (PSB), bem assim com Mão Santa (PMDB), o sucessor do governador Wilson Martins deverá ter a origem na Assembleia Legislativa, isto é, outro deputado estadual será governador do Estado. E agora, até a indicação do vice na chapa majoritária do Chefe do Executivo do Piauí sairá das entranhas do Poder Legislativo, como em 2010, com Wilson Martins. E o companheiro da Chapa de Zé Filho e/ou Wellington Dias (o mais provável é Zé Filho), poderá ser o deputado estadual Wilson Brandão Filho (PSB) atual Secretário de Governo. Wilson articula a indicação do vice, mas deverá desinconpatibilizar-se para concorrer ao Senado. O PSB tem 67 prefeitos e a liderança de Wilson Martins é muito forte. Quer assegurar a permanência do socialismo no poder com Wilson Brandão na vice para 2014. O governador terá condições de fazer a indicação inédita, pela grandiosidade de sua obra administrativa (370 obras em execução) e política, trabalha um “modelo de gestão” de resultados também sem precedentes nas sucessivas administrações do Estado.

                Tendo herdado de Wellington Dias (PT) inúmeros problemas administrativos e financeiros, especialmente dezenas de obras inacabadas e um enorme passivo financeiro com empreiteiras e fornecedores, além do fantástico aumento da Folha de Pagamento, triplicando-a, pois, passou de R$ 41 milhões em novembro de 2001 para R$ 120 milhões atualmente. Contudo, a maioria dos problemas oriundos de Wellington Dias (PT) foram resolvidos, sanados, e Wilson jamais reclamou do sucedido. Porém, sua gestão ficou engessada por quase dois anos porque teve que pagar débitos volumosos do atual senador Wellington quando governador.

                Essa engenharia político-administrativa e financeira exercida por Wilson, tornando o estado adimplente, após a governança Wellington, o credencia indicar um vice do PSB à chapa majoritária de 2014. E Zé Filho e/ou Wellington Dias, com preferência para Zé Filho, porquanto assumirá a Chefia do Poder Executivo, após a provável desincompatibilização do titular Wilson Martins.

                É precário e difícil o retorno do senador Wellington Dias ao Karnak. Não há tradição  e cultura política no Piauí. Apenas Alberto Silva (PMDB) e Hugo Napoleão (DEM) conseguiram retornar à Chefia do Executivo. Mas, Hugo Napoleão,  através da Justiça Eleitoral, com a cassação de Mão Santa. E Alberto Silva no período ditatorial, embora eleito pelo povo, porém, no regime de excepcionalidade vivida pelo Brasil. Era a dita revolução de 64. Portanto, os ventos políticos de 2014 sopram e são mais favoráveis para Zé filho. Também porque substituirá Wilson Martins.

                Por conseguinte, o PSB e o governador Wilson Martins, pela amplitude de sua obra administrativa e política, a capilaridade do PSB no Estado, com 67 prefeitos, têm condições de indicar o vice; especialmente quando o escolhido é deputado estadual em várias legislaturas e mantém um dialogo sensata e de coerência e forte relacionamento com os seus pares no Legislativo estadual. Zé Filho não terá um vice melhor que Wilson Brandão. Agora, tudo dependerá de intensa e sensata negociação entre PSB e PMDB, isto é, entre Zé Filho, Wilson Martins e Wilson Brandão. O melhor caminho será este. Não escolha outro vice governador. Vença, pois, com maturidade e altivez política as pressões  dos aliados para seguir outro rumo, que contemple outro cenário, certamente duvidoso, com a inclusão de uma aliança com o PSDB, que entende improvável, nada obstante os esforços do prefeito Firmino Filho. O PSDB quer firmar-se politicamente. Anda ruim das pernas. Os tucanos estão esfacelados. Podem perder José Serra em São Paulo e Silvio Mendes no Piauí. A indicação de Silvio Mendes numa chapa majoritária é de difícil realização. Firmino perde tempo. O PSB é uma agremiação em ascensão. O PSDB cai constantemente. Enfraquece no cenário nacional.