PMDB E PT ALIADOS COM DILMA
A presidente Dilma Rousseff (PT), tampouco o ex-presidente Lula (PT), bem como qualquer outro líder da agremiação, não poderá vir ao Piauí pedir apoio e voto à candidatura do ex-governador e atual senador Wellington Dias ao governo do Estado. Justamente porque o PMDB e o PT são aliados nacionalmente e ambos apoiam a reeleição da presidente. E o PMDB tem o deputado federal Marcelo Castro como candidato ao governo do Estado. Além disso, o vice-governador Zé Filho, que assumirá a governança do Poder-Executivo do Piauí em abril, com a desincompatibilização de Wilson Martins, para concorrer ao Senado, é também filiado ao PMDB, consequentemente também aliado de Dilma Rousseff.
A candidatura do ex-governador Wellington Dias não deveria ter prosperado. Faltou dialogo, portanto, melhor entendimento dos lideres do PSB, PMDB, PT, PP, PSD, PC do B porque a candidatura natural seria do vice-governador, com sua reeleição, a exemplo de Mão Santa (PMDB), Wellington Dias e Wilson Martins, todos reeleitos, quando postularam a reeleição. Por que só Zé Filho não haveria de ser reeleito?
Agora PMDB e PT se engalfinharão numa disputa, embora aliados, quando deveriam estar alinhados, numa eleição harmônica às partes ou aos grupos políticos, com minimização de custos, com um resultado, neste exato momento imprevisível, embora o senador Wellington Dias lidere tranquilo e folgadamente as pesquisas de opinião pública.
Entretanto, com a posse do vice-governador em abril, esse quadro devera se reverter, porque o PMDB não entregará facilmente o poder Executivo ao PT. A disputa será renhida e todos os meios necessários e lícitos à vitória do PMDB serão postos em ação.
A experiência do vice, o inaudito poder do cargo, a força do PSB, com Wilson Martins, e a estrutura da FIEPI, do SENAI, do SEBRAE e da CNI estarão em campo para eleger o deputado federal e também empresário Marcelo Castro. Contudo, tudo isso poderia ter sido relevado, se as conversações tivessem acontecido em maior profundidade. Mas, agora a vaca foi para o brejo. Está sem jeito.
Ademais, além do auxílio desses órgãos acima nominados, com sua forte estrutura e enorme capilaridade, o PT conta com grande adversário o PSDB, que indicou o vice de Marcelo Castro, com o médico Sílvio Mendes, com liderança imbatível na capital; e o apoio fantástico da classe médica que não aceita o programa “Mais Médico” numa atitude sem sentido, porque esses médicos não concorrem com os brasileiros. Acrescenta-se, porém, a essas vantagens em prol da candidatura de Marcelo Castro a circunstancia de três profissionais da a medicina comporem as chapas majoritárias à eleição de 5 de outubro pelo situacionismo: Marcelo Castro, Sílvio Mendes e Wilson Martins. Ressalve-se, entretanto, que inobstante o mensalão, o endividamento da Petrobras, a comprar dessa refinaria nos Estados Unidos, o PT permanece um partido forte e que esses problemas pouco influenciam na reeleição da presidente Dilma. Mas, também, enquanto isso Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) continuam sem embasamento político suficiente junto ao eleitorado (que o digam as pesquisas) para enfrentar a reeleição de Dilma.
Magno Pires