PRESIDENCIALISMO DE COALIZAÇÃO POLÍTICO-PARTIDÁRIO, PATRIMONIALISTA, COMBATIDO PELO PRESIDENTE (I)
PRESIDENCIALISMO DE COALIZAÇÃO POLÍTICO-PARTIDÁRIO, PATRIMONIALISTA, COMBATIDO PELO PRESIDENTE (I)
Magno Pires
Os políticos e os partidos resistem, mas esse presidencialismo de coalizão patrimonialista, com as suas articulações e os seus conchavos corporativistas, está com os dias contados. Não prosperará mais durante muito tempo. O eleitorado e a sociedade, bem como a Justiça, impõem-lhe derrotas constantes. ComO ele é lucrativo aos políticos e está em uso e/ou em praticidade por várias décadas é muito difícil a sua extinção e/ou erradicação e remoção. O presidente perseverá na sua luta para eliminá-lo.
E o presidente Bolsonaro e sua gestão passarão à história o forte legado como o maior impasse e combate à perenidade desse sistema de governo e partidário tão nocivos ao País.
E a sua desfiliação e de outros políticos com mandatos do PSL, agremiação que lhe elegera presidente, permitindo as investigações ao presidente, deputado federal Luciano Bivar (PSL-Pe), e no próprio partido, tendo como fundo, fulcro e conteúdo os recursos do DPVAT, que estavam sendo desviados e locupletando filiados da agremiação e ao próprio deputado presidente Bivar, representa o maior exemplo do Presidente à Nação de que não aceita e nem sequer tolera mais essa velha prática dos políticos e dos partidos que contraria interesses do Brasil e da Sociedade, beneficiando os partidos e os seus dirigentes.
Na história recente do País, tendo início nos governos ditatorial e democrático do Presidente Getúlio Vargas, passando por JK, a ditadura de 21 anos dos militares de 64/85, Itamar Franco, FHC, Lula, Michel Temer e Dilma, nenhum desses presidentes, inclusive os do longo período ditatorial dos militares, tomou medida idêntica à do atual presidente de contestação efetiva ao presidencialismo de coalizão.
E não só demonstrou, mas agiu material e concretamente, para eliminar essa velha política, do toma lá da cá, preservada especialmente pelos partidos do passado como UDN, PSD, PTB, MDB, PFL e outros de menor importância que se alinhavam às grandes agremiações e consolidavam essa política.
O presidente Bolsonaro e os filhos, bem assim outros filiados com mandato, além de saírem da agremiação, demonstrando força política, liderança, e, ainda, entendendo que nenhum dos outros partidos mereciam o seu apoio, com a sua filiação e de seus liderados, partiu à criação de uma nova sigla, mesmo assumindo o grande risco político e geracional de perder apoio nas casas legislativas, Senado e Câmara, às reformas tributária e administrativa que pretende aprovar nessas instituições legislativas.
Embora, seja verídico, que o empoderamento do Senado e da Câmara esteja em alto e o presidente perdendo apoio às suas demandas. Entretanto, isto também, é um sinal dessa nova ordem política e partidária que o Brasil enfrenta com fulcro na consolidação do regime democrático e de suas instituições.
Mas alguns líderes políticos apegados ao passado e/ou às práticas deletérias pretéritos fazem que não percebem essas mudanças e protestam o quanto podem, porém, serão, no longo prazo, vencidos pela nova ordem sob liderança de Bolsonaro e de seus liderados, assim como da sociedade, com o apoio dos novos partidos (sem a feição do passado), da sociedade, dos movimentos de rua. Esse movimento é inexorável. Não voltará atrás.
O presidente Bolsonaro, mesmo contestado, principalmente por Lula, o PT e outros partidos da suposta esquerda tipos, PDT, PSOL, PCdoB... resistirá, com o seu estilo estapafúrdio, mas puro, que não mudará mediante às provocações desses adversários derrotados em outubro de 2018, por 57 milhões de votos.
Magno Pires é Membro da Academia Piauiense de Letras, ex-Secretário da Administração do Piauí, Advogado da União (aposentado), jornalista, administrador de empresas, Portal www.magnopires.com.br, e-mail: [email protected].